Rússia condena jornalista a oito anos e meio de prisão

Marina Ovsyannikova num tribunal de Moscovo, Rússia, em agosto de 2022
Marina Ovsyannikova num tribunal de Moscovo, Rússia, em agosto de 2022 Direitos de autor Alexander Zemlianichenko/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Alexander Zemlianichenko/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Marina Ovsyannikova foi julgada à revelia por um protesto junto ao Kremlin.

PUBLICIDADE

A jornalista russa Marina Ovsiannikova, que ficou popular a Ocidente por se manifestar publicamente contra a guerra e o regime do presidente Vladimir Putin, foi condenada a oito anos e meio de prisão.

Ovsiannikova, que atualmente vive exilada num país europeu, foi julgada à revelia por um tribunal de Moscovo que a considerou culpada de “espalhar informações conscientemente falsas sobre as forças armadas russas”. A condenação deveu-se a um protesto em frente ao Kremlin, em julho do ano passado, onde chamou “assassino” ao presidente russo e “fascistas” aos seus soldados.

Num vídeo anteriormente publicado nas redes sociais, a jornalista já se tinha confessado “envergonhada” por ter colaborado com a propaganda do Kremlin, enquanto trabalhava no Canal 1.

Infelizmente nos últimos anos trabalhei no canal federal e ajudei o Kremlin na propaganda e tenho vergonha do que fiz. A minha mãe é russa, o meu pai é ucraniano e o colar no meu pescoço é o símbolo de esperança de que um dia, os dois povos possam fazer as pazes”, afirmou no vídeo. “Nós calámo-nos em 2014. Não dissemos nada quando Navalny foi envenenado
Marina Ovsiannikova
Jornalista russa

A justiça russa já tinha condenado Ovsiannikova por outras infrações, com base numa lei promulgada logo após a invasão, a 24 de fevereiro de 2022, que permite punir quem faz declarações contra os militares e o governo russo.

Em outubro do ano passado, fugiu com a filha da prisão domiciliária a que tinha sido condenada por um protesto, em março de 2022, durante um noticiário no canal de televisão em que trabalhava.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

O fim de Prigozhin mudou os planos russos em África?

Rússia comemora primeiro aniversário da anexação de quatro territórios do leste da Ucrânia

Rússia divulga imagens de reunião com Almirante dado como morto por Kiev