Israel responde ao "ataque mais mortífero (...) em décadas" com lançamento de mísseis sobre Gaza

Escombros de um edifício atingido por um ataque aéreo israelita, na cidade de Gaza
Escombros de um edifício atingido por um ataque aéreo israelita, na cidade de Gaza Direitos de autor Fatima Shbair/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Nara Madeira com AP, AFP, EFE
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Autoridades israelitas dizem que pelo menos 200 pessoas foram mortas e 1.100 ficaram feridas, do outro lado as autoridades palestinianas anunciam mais de 230 falecidos e de 1600 feridos.

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É o ataque "mais mortífero em década", contra Israel. Dizem as autoridades. De acordo com os responsáveis da Proteção Civil (Serviço Nacional de Salvamento) pelo menos 200 pessoas foram mortas e 1.100 ficaram feridas, na incursão militar do Hamas.

Ofensiva a que Israel respondeu com o lançamento de mísseis sobre Gaza. Do outro, e de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, as vítimas mortais ultrapassam as 230 às quais se somam mais de 1600 feridos.

Um ataque aéreo israelita visou um arranha-céus no centro de Gaza. A Torre Palestina, de 14 andares, albergava dezenas de famílias mas também escritórios ligados ao Hamas e à Jihad Islâmica, garantiam as autoridades de Israel. Telavive deu 10 minutos aos habitantes para saírem, antes de destruir o edifício. Não houve feridos, nem mortos, entre os civis, garantia. Israel anunciava também o corte do fornecimento de eletricidade a Gaza.

Foi um dia de muita tensão a agência de notícias espanhola EFE escrevia, ao final da tarde, que a "situação está fora de controlo". Há áreas que ainda estavam sob o controlo de milícias palestinianas. 

Israel apanhado de surpresa

Israel foi apanhado desprevenido, na manhã de sábado, por uma ofensiva terrestre, marítima e aérea de milicianos palestinianos de Gaza. Perante a incredulidade do governo, estes conseguiram atacar a zona fronteiriça e avançar no terreno, ganhando o controlo de pontos-chave e de comunidades israelitas limítrofes de Gaza, algumas das quais não tinham sido recapturadas, ao início da noite de sábado.

Um número indeterminado de soldados e civis foram abatidos e outros, militares e civis - fala-se em, pelo menos, cinquenta - foram raptados e levados para Gaza. O grupo islamita Hamas e a Jihad Islâmica dizem que vão usá-los para exigir a libertação de prisioneiros palestinianos.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarava que Israel está "em guerra" e apelava a uma mobilização em massa dos militares do Exército na reserva.

O líder da oposição, Yair Lapid, mostrava-se disposto a criar um governo de emergência, com Netanyahu, para criar uma frente unificada. 

O Hamas considera a ofensiva um sucesso militar e diz-se preparado para "continuar a batalha" e pronto para resistir "a longo prazo". Fontes palestinianas em Gaza adiantavam que este rejeitou as propostas de negociação de um cessar-fogo, por iniciativa do Egipto, Qatar, Liga Árabe e Jordânia.

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