Autoridades israelitas dizem que pelo menos 200 pessoas foram mortas e 1.100 ficaram feridas, do outro lado as autoridades palestinianas anunciam mais de 230 falecidos e de 1600 feridos.
É o ataque "mais mortífero em década", contra Israel. Dizem as autoridades. De acordo com os responsáveis da Proteção Civil (Serviço Nacional de Salvamento) pelo menos 200 pessoas foram mortas e 1.100 ficaram feridas, na incursão militar do Hamas.
Ofensiva a que Israel respondeu com o lançamento de mísseis sobre Gaza. Do outro, e de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, as vítimas mortais ultrapassam as 230 às quais se somam mais de 1600 feridos.
Um ataque aéreo israelita visou um arranha-céus no centro de Gaza. A Torre Palestina, de 14 andares, albergava dezenas de famílias mas também escritórios ligados ao Hamas e à Jihad Islâmica, garantiam as autoridades de Israel. Telavive deu 10 minutos aos habitantes para saírem, antes de destruir o edifício. Não houve feridos, nem mortos, entre os civis, garantia. Israel anunciava também o corte do fornecimento de eletricidade a Gaza.
Foi um dia de muita tensão a agência de notícias espanhola EFE escrevia, ao final da tarde, que a "situação está fora de controlo". Há áreas que ainda estavam sob o controlo de milícias palestinianas.
Israel apanhado de surpresa
Israel foi apanhado desprevenido, na manhã de sábado, por uma ofensiva terrestre, marítima e aérea de milicianos palestinianos de Gaza. Perante a incredulidade do governo, estes conseguiram atacar a zona fronteiriça e avançar no terreno, ganhando o controlo de pontos-chave e de comunidades israelitas limítrofes de Gaza, algumas das quais não tinham sido recapturadas, ao início da noite de sábado.
Um número indeterminado de soldados e civis foram abatidos e outros, militares e civis - fala-se em, pelo menos, cinquenta - foram raptados e levados para Gaza. O grupo islamita Hamas e a Jihad Islâmica dizem que vão usá-los para exigir a libertação de prisioneiros palestinianos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarava que Israel está "em guerra" e apelava a uma mobilização em massa dos militares do Exército na reserva.
O líder da oposição, Yair Lapid, mostrava-se disposto a criar um governo de emergência, com Netanyahu, para criar uma frente unificada.
O Hamas considera a ofensiva um sucesso militar e diz-se preparado para "continuar a batalha" e pronto para resistir "a longo prazo". Fontes palestinianas em Gaza adiantavam que este rejeitou as propostas de negociação de um cessar-fogo, por iniciativa do Egipto, Qatar, Liga Árabe e Jordânia.