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Kamala Harris diz a Netanyahu que está "seriamente preocupada" com a situação humanitária em Gaza

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, antes de uma reunião na Casa Branca, 25 de julho de 2024
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, antes de uma reunião na Casa Branca, 25 de julho de 2024 Direitos de autor Julia Nikhinson/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De  Euronews com AP
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Artigo publicado originalmente em inglês

A primeira visita de Netanyahu à Casa Branca desde 2020 ocorre um dia depois de ter discursado no Congresso, no qual prometeu "vitória total" contra o Hamas e denunciou os opositores americanos à guerra em Gaza como "idiotas".

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A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, manifestou uma "séria preocupação com a escalada do sofrimento humano em Gaza", durante as conversações em Washington com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Os dois reuniram-se para discutir a guerra em Gaza e a possibilidade de garantir um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

"As imagens de crianças mortas e de pessoas desesperadas e esfomeadas que fogem em busca de segurança, por vezes deslocadas pela segunda, terceira ou quarta vez. Não podemos desviar o olhar perante estas tragédias. Não podemos deixar-nos entorpecer pelo sofrimento e eu não ficarei em silêncio", disse Harris.

Harris descreveu as suas conversações com Netanyahu como "francas e construtivas" e disse que, embora aceite o direito de Israel a defender-se, "a forma como o faz é importante".

Esta é a primeira visita de Netanyahu à Casa Branca desde 2020 e, ocorre um dia depois de um discurso no Congresso, no qual prometeu "vitória total" sobre o Hamas e denunciou os opositores americanos da guerra em Gaza como "idiotas".

A visita surge também numa altura em que Israel e os EUA estão a ser cada vez mais pressionados para encontrar um fim para a guerra, que começou há nove meses e já fez mais de 39.000 mortos em Gaza e cerca de 1.200 mortos em Israel.

As conversações de Netanyahu com Harris, que deverá ser a próxima candidata presidencial democrata depois de Joe Biden ter anunciado, na semana passada, que não se candidataria de novo ao cargo, tiveram lugar depois de uma reunião com o presidente cessante, na quinta-feira.

Biden está a fazer pressão para que Israel e o Hamas aceitem a sua proposta de libertar os reféns que ainda restam em Gaza em três fases, o que seria um feito que confirmaria o legado do presidente de 81 anos.

Os funcionários da Casa Branca afirmam que as negociações para o cessar-fogo, que se arrastam há semanas, estão na fase final, mas ainda há questões que precisam de ser resolvidas.

O departamento de Estado instou o governo israelita a refletir cuidadosamente sobre o futuro de Gaza após o fim da guerra entre Israel e o Hamas.

Fumo levanta-se após bombardeamentos israelitas em Khan Younis, 22 de julho de 2024
Fumo levanta-se após bombardeamentos israelitas em Khan Younis, 22 de julho de 2024Abdel Kareem Hana/Copyright 2023, The AP. All rights reserved

"Na ausência de planos realistas para o dia seguinte ao conflito, ou Israel ocupará Gaza, o que rejeitamos. Ou o Hamas assume o controlo, o que obviamente não é do interesse de Israel, ou haverá caos e anarquia", disse o porta-voz de Estado norte-americano Matthew Miller.

"Por isso, vamos continuar a pressioná-los para que se empenhem seriamente nestes planos, porque são fundamentais não só para o futuro do povo palestiniano, mas também para o futuro de Israel".

Entretanto, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, classificou a situação humanitária em Gaza como um "desastre total".

"Com total insegurança, total ilegalidade e todos os obstáculos de uma negociação permanente, em que se colocam dificuldades atrás de dificuldades em relação ao equipamento de segurança, em relação aos chamados artigos de dupla utilização e a todas as outras coisas que são necessárias para uma ajuda humanitária eficaz. Com a combinação destes obstáculos, a ajuda humanitária está longe de ser suficiente", afirmou.

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