Israel ordenou a evacuação de uma área junto a Khan Younis que é parte da "área humanitária" designada como segura, onde centenas de milhares de pessoas se refugiaram das operações militares israelitas.
PUBLICIDADEO recinto de uma escola na localidade de Deir-el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, foi bombardeado por Israel na manhã deste sábado. Os números dados até agora pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza dão conta de 30 mortos. Milhares de pessoas estão refugiadas nas instalações. O exército de Israel diz que visou alvos do Hamas, nomeadamente um centro de comando instalado no interior do recinto. Há pelo menos uma criança entre as vítimas.
Ordem de evacuação de "zona humanitária"
As forças armadas de Israel ordenaram, este sábado, a evacuação de uma parte da Faixa de Gaza na região de Khan Younis designada como "zona humanitária", afirmando que está a planear uma operação contra o Hamas nesta área, incluindo partes de Muwasi, um campo de tendas improvisado onde milhares de pessoas procuram refúgio.
A ordem surge em resposta aos disparos de rockets que, segundo Israel, têm origem na zona. Esta é uma zona onde muitos palestinianos, vindos de outras partes, encontraram refúgio das operações militares israelitas. Centenas de milhares de palestinianos foram desalojados, muitos deles várias vezes, em busca de segurança durante a campanha aérea e terrestre de Israel.
Na segunda-feira, após a ordem de evacuação, vários ataques aéreos israelitas atingiram os arredores de Khan Younis, matando pelo menos 70 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, citando dados do Hospital Nasser.
A área faz parte de uma “zona humanitária” de 60 quilómetros quadrados para onde Israel tem vindo a dizer aos palestinianos para fugirem durante a guerra. Grande parte da zona é ocupada por campos de tendas que carecem de saneamento e de instalações médicas e têm acesso limitado à ajuda, segundo as Nações Unidas e os grupos humanitários. De acordo com as estimativas de Israel, cerca de 1,8 milhões de palestinianos estão abrigados nesta "área humanitária". É mais de metade da população de Gaza antes da guerra, que era de 2,3 milhões.
Mais a norte, ataques aéreos mataram pelo menos cinco pessoas durante a noite em Zawaida, no centro de Gaza, de acordo com jornalistas da AP que viram os corpos no hospital. A contagem, confirmada pelo hospital Al Aqsa de Deir al Balah, incluía um pai, uma mãe e três filhos.