Ucrânia: Seis mortos e 16 feridos em ataque russo a uma estação de correios em Kharkiv

O edifício do depósito dos correios de Korotych, na região de Kharkiv, após o ataque com mísseis russos, que matou seis pessoas e feiu 16, 21 de outubro de 2023
O edifício do depósito dos correios de Korotych, na região de Kharkiv, após o ataque com mísseis russos, que matou seis pessoas e feiu 16, 21 de outubro de 2023 Direitos de autor SERGEY BOBOK/AFP or licensors
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Há, pelo menos, 30 mil civis ucranianos desaparecidos, segundo a Comissão Internacional sobre Pessoas Desaparecidas.

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Pelo menos seis pessoas morreram após um novo ataque aéreo russo emKharkiv,  no leste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia. 16 pessoas ficaram feridas, sete delas em estado grave.

O ataque atingiu um grande terminal logístico de serviços de correio. Todos os mortos seriam trabalhadores dos correios. De acordo com seus colegas, eles não conseguiram chegar a um abrigo porque o alarme antiaéreo soou poucos segundos antes das explosões. 

Investigadores ucranianos afirmam que foi utilizado um míssil terra-ar do sistema S-300, cujos destroços foram recuperados no local.

No X, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, publicou uma mensagem de condolências às famílias das vítimas e voltou a dizer que os responsáveis pelo terror irão enfrentar a justiça.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, pelo menos 30 mil civis ucranianos estão desaparecidos, segundo a diretora da Comissão Internacional sobre Pessoas Desaparecidas. 

"É claro que também há ucranianos desaparecidos desde 2014. Portanto, os números são enormes e estão a crescer todos os dias. Estes números são de facto tão grandes que excedem a capacidade de qualquer Estado de conduzir uma investigação com um número tão elevado de pessoas desaparecidas", disse Kathryn Bomberger.

A ICMP é uma organização intergovernamental com sede em Haia, fundada em 1996. Numa mensagem dirigida à comunicação social ucraniana, a diretora-geral da comissão disse que a organização está atualmente a ajudar a Ucrânia a criar um sistema unificado que irá acelerar o processo de busca, uma vez que o número de desaparecidos, as pessoas e as circunstâncias são tais que a Ucrânia (ou qualquer país) simplesmente não consegue gerir tudo sozinha. 

O problema torna-se ainda mais complicado pelo facto de uma grande parte do país estar ocupada e de Moscovo não parecer interessado em cooperar com a ICMP.

Kiev acusou, entretanto, a Rússia de cometer crimes ambientais sem precedentes: o ministro do Ambiente, Roman Strilets, conta 2.500 casos diferentes, que, segundo ele, causaram danos no valor de 55 mil milhões de euros. Strilets diz ainda que este número duplicou em comparação com as estimativas de 2022. 

Os casos mais notórios são a destruição da barragem de Kakhovka, que causou inundações colossais, e as consequências ainda não totalmente avaliadas da ocupação da central nuclear de Zaporíjia.

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