Colonos israelitas investem na autodefesa após ataque do Hamas

Colonos israelitas treinam autodefesa, no centro de Gush Etzion
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De  Valérie GauriatEuronews
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O armamento de civis nos colonatos israelitas está a aumentar. Nas últimas duas semanas, houve mais de 10 mil novos pedidos para licença de porte de arma.

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A Academia de Contraterrorismo, Segurança e Defesa, o maior centro de treino de autodefesa de Israel, está em plena atividade.

Seis dias por semana, civis do vizinho bloco de colonatos judeus na Cisjordânia treinam na carreira de tiro do centro.

Desde os ataques do Hamas, a 7 de outubro, a afluência nunca foi tão elevada. Muitos, como Leah, residente no colonato de Gush Etzion, fazem-no pela primeira vez. 

"Vivo na floresta e estamos rodeados de aldeias árabes. O meu marido foi recrutado para o exército e eu estou sozinha em casa com os miúdos", conta. 

O sentimento de insegurança entre os colonos judeus aumentou e, com esta formação, Leah diz que "se acontecer alguma coisa, seremos capazes ajudar a nós e aos nossos filhos".

A loja do centro de tiro está a ficar sem armas de fogo e entre os clientes há cada vez mais civis.

Desde o início da guerra, foram registados mais de 10 mil novos pedidos para licença de porte de arma.

Civis organizam-se para defesa de Beitar Illit

Beitar Illit é um dos maiores colonatos judeus da região, com uma população de cerca de 70 mil habitantes.

É também o primeiro a ser armado, após o ministro israelita de extrema-direita com a pasta da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ter distribuído de forma gratuita 10 mil armas aos colonos da Cisjordânia ocupada.

As regras para a concessão de licenças de porte de arma também estão mais flexíveis.

E o município está a organizar novos programas de formação em autodefesa, com cidadãos a organizar-se a formar grupos de segurança civis.

O ex-militar Roni faz parte dos instrutores e revela que também ele comprou uma "arma há duas semanas, depois do que aconteceu no Sul". 

"Ttal como eu, muitos outros, pessoas hassídicas, compreenderam que talvez chegue uma altura em que não haverá ninguém para os ajudar, nem polícia, nem exército. E as pessoas estão a começar a compreender que terão de se defender por si próprias".

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