Viktor Orbán: "Ucrânia está a anos-luz de aderir à União Europeia"

Viktor Órban, primeiro-ministro da Hungria, no congresso do Fidesz, após ser reeleito presidente do partido, 18 de novembro de 2023
Viktor Órban, primeiro-ministro da Hungria, no congresso do Fidesz, após ser reeleito presidente do partido, 18 de novembro de 2023 Direitos de autor Szilard Koszticsak/MTI - Media Service Support and Asset Management Fund
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As tensões entre a Hungria e a Ucrânia datam de muito antes da guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

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A Ucrânia está “a anos-luz” de aderir à União Europeia, disse o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, no sábado, no congresso do seu partido nacionalista de direita, Fidesz, onde foi reeleito líder.

Orbán disse que a promessa de iniciar negociações de adesão com Kiev foi "um erro".

 A 9 de novembro, o chefe do gabinete de Orbán, Gergely Gulyás, sugeriu dar à Ucrânia uma “parceria privilegiada” em vez de adesão plena. 

Orbán é frequentemente acusado de ter uma posição anti-ucraniana e pró-russa e representa teoricamente o veto da Hungria, num processo que exige a unanimidade dos  Estados-membros.

As tensões entre a Hungria e a Ucrânia datam de muito antes da guerra em grande escala; entre outras coisas, Budapeste acusa Kiev de "ucranização" da minoria étnica húngara na Ucrânia, como a proibição da educação escolar em húngaro.

A Comissão Europeia, por outro lado, está confiante de que a Ucrânia cumpriu a maioria dos requisitos da União Europeia, incluindo a concessão de direitos às minorias étnicas. 

No dia 8 de novembro, a Comissão Europeia recomendou oficialmente o início das negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia, uma vez que, segundo a Ursula von der Leyen, Kiev cumpriu 90% dos requisitos.

Apesar disso, nem todos os ucranianos acreditam que este progresso seja fácil. No sábado, realizou-se uma manifestação em Kiev. Os manifestantes alegaram que a corrupção ainda está profundamente enraizada nas instituições do Estado, ao ponto de as Forças Armadas serem subfinanciadas, mesmo durante a guerra. 

Gritando "Dinheiro para as AFU [Forças Armadas da Ucrânia]", exigiram o reajuste dos orçamentos estaduais e locais para fornecer mais dinheiro ao exército.

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