O partido de extrema-direita PVV, liderado por Geert Wilders, foi o mais votado nas eleições Legislativas.
Terramoto político nos Países Baixos. O partido de extrema-direita PVV, liderado por Geert Wilders, foi o mais votado nas eleições Legislativas.
Prevê-se que a formação consiga 36 lugares no parlamento, composto por 150 deputados, enquanto a coligação formada pelo Partido Trabalhista e a Esquerda Verde ((PvDA-GL) conseguirá 25/26. O Partido Popular da Liberdade e Democracia (VVD), liberal-conservador, que estava no poder há 13 anos, não deverá ir além dos 24. A formação é agora liderada por Dilan Yesilgoz.
Um desaire que reflete o descontentamento geral e que acontece numa altura em que o país se vê a braços com crises internas, como a da habitação. Questões determinantes e exploradas pelo vencedor do escrutínio.
Durante a campanha eleitoral, Wilders deu pouca ênfase às suas opiniões duras sobre o Islão, mas associou a crise de habitação do país à migração.
No verão Rutte abriu a porta do governo há extrema-direita e, desde então, a sua popularidade aumentou. Rik Rutte, editor político do NRC Handelsblad explicava que essa abertura, "que já não acontecia há anos" permitiu ao "partido de Geert Wilders a crescer e a crescer nas sondagens".
O partido Novo Contrato Social, fundado por Pieter Omtzigt há apenas 3 meses, também teve um bom desempenho, ficando em quarto. Apesar das críticas diz-se aberto a negociações com a extrema-direita.