Vários países europeus voltaram a ser palco de manifestações antissemitas e em solidariedade com os palestinianos
Mais de 100 mil pessoas desfilaram em Londres numa manifestação contra o antissemitismo.
A marcha surge um dia depois de uma grande manifestação pró-palestiniana a pedir um cessar-fogo total na guerra entre Israel e o Hamas.
O Reino Unido registou um aumento dos incidentes anti-semitas desde o ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro, que desencadeou o conflito na Faixa de Gaza.
Uma manistante afirmava: "Quero apoiar Israel, quero ver os reféns libertados em Gaza. Mas também sou uma judia britânica orgulhosa. Adoro viver neste país e quero que seja um sítio seguro para todos os judeus."
Outra dizia: "Tem havido muitos ataques e intimidações na sequência dos acontecimentos recentes. E é bom mostrar que toda a gente no Reino Unido apoia os judeus e que não estamos sozinhos."
Entretanto, em Espanha, centenas de manifestantes em Barcelona e Mérida marcharam em solidariedade com os palestinianos e para pedir o prolongamento do cessar-fogo de quatro dias na Faixa de Gaza, primeira interrupção dos combates desde o início do conflito que fez milhares de mortos civis.
"A Palestina está a ser massacrada mais uma vez pelo Estado de Israel. Em pouco mais de dois meses, mais de 15.000 pessoas foram mortas, entre elas crianças", afirmava uma manifestante.
Outro dizia: "Como seres humanos temos de ter uma resposta porque esta situação é insuportável".
Israel prometeu destruir os militantes do Hamas que controlam a Faixa de Gaza, mas afirmou que a trégua temporária poderia ser alargada se o grupo palestiniano continuasse a libertar pelo menos 10 reféns por dia.