A Euronews foi ver como será o Natal da força da NATO estacionada numa base militar da Estónia, muito perto da fronteira com a Rússia.
Na base da NATO próxima da cidade de Tapa, na Estónia, o Natal vai ser diferente, pelo menos para 3.200 militares que foram mobilizados para o local logo após a invasão russa da Crimeia. A 150 quilómetros da fronteira com a Rússia, a quadra festiva não será, certamente, sinónimo de descanso.
Em 2022, após a invasão russa da Ucrânia, a NATO iniciou na Estónia uma missão de presença avançada, inicialmente como resposta à mobilização russa. A força conta atualmente com cerca de 80 soldados norte-americanos e dispõe de um sistema de foguetes HIMARS, com um alcance até 300 quilómetros de distância. O objetivo é desempenhar um papel na dissuasão e preparação estratégica da NATO na região do Báltico.
Em declarações à Euronews, Marina Lushina, tenente do exército estónio, explica que, mesmo num contexto de paz, a missão primordial daquela força é a dissuasão. “Durante o período de paz, o nosso foco é mostrar que, se nos desafiarem, estamos prontos para responder. É esse o nosso compromisso”, garante.
A presença norte-americana, por seu lado, desempenha uma tarefa fundamental na preparação da Estónia para os desafios futuros: com planos para incorporar o seu próprio Sistema HIMARS em 2025, a cooperação internacional alimentada pela Estónia torna-se, mais do que nunca, ferramenta essencial para fortalecer as capacidades defensivas do país báltico.
A antiga base militar soviética que se transformou na maior instalação da NATO na Estónia, não é apenas uma expressão de solidariedade aliada, mas também uma mensagem clara aos adversários: a Europa e seus aliados não serão destabilizados. Em Tapa, o compromisso é permanente: proteger a região contra potenciais ameaças, lembrando que, mesmo numa época festiva, a segurança é a prioridade.