Polícia sérvia dispersa com gás lacrimogéneo manifestação da oposição em Belgrado

Oposição sérvia manifesta-se em Belgrado
Oposição sérvia manifesta-se em Belgrado Direitos de autor Darko Vojinovic AP
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De  Euronews com agências
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Oposição sérvia tentou entrar no edifício da Câmara de Belgrado, manifestando-se contra as irregularidades nas eleições gerais e locais de 17 de dezembro.

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A polícia sérvia dispersou com gás lacrimogéneo centenas de manifestantes que, na noite de domingo, tentaram entrar no edifício da Câmara municipal de Belgrado, em protesto por alegadas irregularidades na votação nas eleições gerais que se realizaram há cerca de uma semana.

Os manifestantes, da oposição sérvia, gritaram "Abram a porta" e "Ladrões", enquanto também lançavam ovos em direção ao edifício, situado no centro de Belgrado. Alguns entoaram "Vucic é Putin", comparando o presidente sérvio ao líder da Rússia, precisou a AP.

Não há registo de feridos ou detenções, mas os manifestantes partiram vidros do edifício da autarquia de Belgrado. A polícia protegeu-se no interior das instalações, de onde disparou gás lacrimogénio na direção dos manifestantes.

O presidente sérvio dirigiu-se à nação do seu gabinete, a cerca de 100 metros do edifício da câmara municipal de Belgrado, para garantir que as autoridades estavam bem preparadas para o que aconteceu, sublinhando que a manifestação fora antecipada "há dias". Aleksandar Vucic disse também que existiu um "fator externo" por trás da manifestação, sem elaborar, e que informações de "serviços estrangeiros" forneceram informação vital que permitiu à polícia preparar-se a tempo.

A oposição sérvia, conhecida como o movimento Sérvia Contra a Violência (SPN), tem-se juntado na última semana em Belgrado para denunciar alegadas fraudes nos resultados da eleições gerais e municipais de 17 de dezembro, que foram vencidas pelos populistas do Partido Progressista sérvio, do presidente Vucic.

Na passada quinta-feira, o principal grupo de oposição na Sérvia exortou mesmo a União Europeia a colaborar na investigação internacional sobre alegadas irregularidades eleitorais.

As alegações de fraude eleitoral estão a agravar a tensão política no país balcânico, envolvido desde 2012 em negociações de adesão à UE.

A coligação da oposição Sérvia Contra a Violência indicou numa carta enviada às instituições da UE, responsáveis oficiais e Estados-membros que não reconhece o resultado das eleições legislativas e locais de domingo passado e apelou à UE que adote a mesma posição e inicie uma investigação.

A Sérvia garantiu o estatuto de candidato à adesão já durante o mandato de Aleksandar Vucic, mas a oposição acusa o bloco comunitário de ignorar o autoritarismo do regime em troca da estabilidade na região dos Balcãs, ainda em convulsão na sequência das guerras na década de 1990.

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