Primeiro-ministro japonês admite preocupação com dificuldades em retirar dos escombros eventuais sobreviventes do sismo registado na segunda-feira no Japão
O centro do Japão foi sacudido por novas réplicas do grande terramoto de segunda-feira, enquanto as equipas de salvamento continuam à procura de sobreviventes.
Os tremores secundários entretanto registados atingiram uma magnitude de 4,9 na escala de Richter e ocorreram no município de Ishikawa e nas áreas vizinhas. O abalo fez ativar alertas de tsunami e provocou ondas de mais de um metro em alguns locais.
As réplicas obrigaram a interromper o trabalho das equipas de emergência, o que está a preocupar as autoridades, uma vez que as primeiras 72 horas após o sismo são especialmente críticas: as perspetivas de sobrevivência diminuem significativamente após três dias.
"Já se passaram mais de 40 horas. Esta é uma corrida contra o tempo e sinto que estamos num momento crítico", disse Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão, aos jornalistas. "Recebemos informações de que muitas pessoas ainda estão à espera de serem resgatadas debaixo de edifícios desmoronados".
A previsão de chuvas fortes e possíveis deslizamentos de terras podem dificultar ainda mais os esforços das autoridades para encontrar sobreviventes nos escombros. Os abastecimentos de água, eletricidade e telecomunicações também sofreram cortes em algumas áreas mais afetadas.
De acordo com as autoridades de Ishikawa, o sismo fez cerca de 70 vítimas mortais, mas o número deverá continuar a aumentar: estima-se que dezenas de pessoas estejam ainda presas nos escombros dos edifícios que desabaram.
Dezenas de pessoas deverão estar presas nos escobros dos edifícios que desabaram.