Agricultores gregos juntam-se aos protestos que têm ocorrido por toda a Europa. Pelo menos 300 tratores invadiram as ruas do centro de Salónica. Protestos coincidem com a feira agrícola bienal Agrotica.
Bandeiras pretas, buzinadelas e até caixões em tratores. Foi este o cenário no centro de Salónica, tal como em vários países europeus, onde os agricultores invadiram estradas e ruas das principais cidades.
Pelo menos 300 tratores concentraram-se na segunda maior da cidade da Grécia e depois seguiram para um centro de exposições onde neste momento decorre a feira agrícola bienal Agrotica.
Apesar da diversidade local, as exigências dos agricultores gregos são bastante semelhantes às dos restantes agricultores europeus: alegam que a nova Política Agrícola Comum, com subsídios reduzidos, custos de produção crescentes e concorrência desleal estrangeira devido aos acordos de comércio livre, está a matar o setor.
"Ouvimos a União Europeia falar da agenda verde. Mas, ao mesmo tempo, vemos importações praticamente ilimitadas de países terceiros sem quaisquer controlos. Vemos, por exemplo, batatas do Egito, sem saber como e com que meios são produzidas, vemos tomates da Tunísia, alhos e limões da Turquia e assim por diante. Em relação ao comércio no nosso país, estamos a jogar com regras viciadas", acusa Diamantis Diamantopoulos, presidente da Associação Agrícola de Serres.
Os agricultores pretendem manter os protestos durante todo o fim de semana, até que a feira Agrotica termine, ou seja, até domingo.