Os militares da GNR e agentes da PSP exigem a equiparação dos subsídios de risco aos recebidos pela PJ e acusam o governo de "temosia".
Depois das grandes manifestações na capital, foi a vez do Porto, segunda maior cidade portuguesa, acolher a maior manifestação de sempre das forças de segurança na cidade. Cerca de 20 mil agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) juntaram-se no centro do Porto, na noite de quarta-feira, para exigir a equiparação dos subsídios de risco aos pagos à Polícia Judiciária (PJ). Pedem também um aumento no salário de base e melhores perspetivas de evolução na carreira.
À multidão, que ocupou uma grande parte da Avenida dos Aliados, no centro histórico do Porto, juntaram-se também os guardas prisionais, que se consideram "abandonados" pelo governo. Citado pela Rádio Observador, o presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia, Bruno Pereira, acusou o governo de "teimosia" por não querer atender as reivindicações dos profissionais da PSP e da GNR.
Os líderes sindicais foram já recebidos pelo líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, e encontram-se esta quinta-feira com o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, fazendo assim a ronda dos dois principais candidatos a primeiro-ministro nas eleições de 10 de março.
À manifestação juntou-se ainda o bispo do Porto, D. Manuel Linda, que quis assim agradecer às forças de segurança o papel que tiveram nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), organizadas em Lisboa no verão passado.