Chefe da diplomacia europeia volta a Kiev em nova demonstração de apoio e para falar de reconstrução

Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia
Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia Direitos de autor Jean-Christophe Verhaegen/AP
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Josep Borrell, responsável pela diplomacia europeia, faz nova visita a Kiev, numa altura em que o Conselho e o Parlamento europeus já alcançaram um acordo provisório sobre o mecanismo de apoio à reconstrução da Ucrânia, no valor de 50 mil milhões de euros, para o período 2024-2027.

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Josep Borrell, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, volta esta terça-feira a Kiev, em mais uma demonstração do apoio europeu à Ucrânia, que está em guerra com a Rússia há quase dois anos.

Borrell tem pressionado para que os aliados continuem a entregar armas à Ucrânia mas sem deixar de defender que é necessário trabalhar para a paz e apoiar uma eventual reconstrução no pós-guerra. O chefe da diplomacia europeia regressa à capital ucraniana quatro meses depois da última visita e com o pacote de ajuda europeu de 50 mil milhões de euros ao país já aprovado numa cimeira que conseguiu ultrapassar o previsível veto de Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro.

Trata-se do Ukraine Facility, programa no âmbito do orçamento da União Europeia, desbloqueado na última cimeira europeia e no valor de 50 mil milhões de euros, a implementar no período de 2024 a 2027. 

"A União Europeia está preparada para apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário", declarou Vincent van Peteghem, ministro das finanças da Bélgica, que detém a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.

O Ukraine Facility baseia-se em três princípios: o Plano Ucrânia, que trata da recuperação, reconstrução e modernização do país, e das reformas necessárias no âmbito da adesão ao bloco europeu, com subvenções e empréstimos; o Quadro de Investimento, através do qual a União Europeia fornece garantias orçamentais, bem como subvenções e empréstimos de instituições públicas e privadas; e a assistência na adesão à União com apoio à Ucrânia para que possa ficar alinhada com a legislação europeia e pôr em prática as reformas para chegar a Estado-membro.

O acordo provisório está sujeito a aprovação pelo Conselho da UE e Parlamento Europeu antes de seguir os trâmites tendo em vista a adoção formal.

Zelenskyy prepara mudanças em altas chefias

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, tem em mente uma reestruturação das altas chefias do país. As mudanças deverão envolver Valerii Zaluzhnyi, o popular comandante das Forças Armadas que tem tido divergências com o chefe de Estado sobre o modo como a guerra está a ser dirigida.

Em entrevista à televisão pública italiana, Zelenskyy afirmou que a remodelação era necessária para "um novo começo" e que não se limitava aos cargos militares. Estas declarações são uma forte indicação de que Zelenskyy está mesmo a ponderar o despedimento de Zaluzhnyi, depois de semanas de especulação sobre o assunto.

Proposto alargamento da lei marcial e da mobilização geral

O presidente ucraniano já propôs ao parlamento a aprovação dos decretos que visam a extensão da lei marcial e da mobilização geral por 90 dias, a partir de 14 de fevereiro.

Poderão ser recrutadas para as Forças Armadas até 500 mil pessoas, o que é suscetível de aumentar o descontentamento no país. 

A lei marcial foi inicialmente aprovada no país a 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma invasão de larga escala à Ucrânia.

Nessa altura, foi decretada a mobilização geral até 26 de março.

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