Trabalhadores da empresa pública que gere o monumento pedem aumentos salariais em linha com as receitas da venda de bilhetes e da manutenção cuidada da estrutura.
A Torre Eiffel, uma das principais atrações turísticas a nível mundial, teve de fechar esta segunda-feira e pela segunda vez em dois meses devido à greve dos trabalhadores da empresa que administra o monumento. O encerramento acontece na segunda semana das férias escolares em França.
Os turistas não puderam passar as barreiras que circundam o terreno onde se situa a torre, sendo a greve anunciada numa mensagem disponibilizada num ecrã.
Os trabalhadores reclamam aumentos de salários na proporção das receitas provenientes da venda de bilhetes e da manutenção melhorada do monumento, gerido pela SETE, uma empresa detida em 99% pela câmara municipal de Paris.
Os sindicatos criticam o modelo de negócio em vigor.
"Eles estão a dar prioridade aos benefícios a curto prazo em detrimento da conservação do monumento e da longevidade da companhia para a qual trabalhamos."
Os representantes dos trabalhadores entendem que a autarquia de Paris subestima os custos e sobrestima os lucros, deixando no ar a possibilidade de uma greve durante os Jogos Olímpicos marcados para o período entre 26 de julho e 11 de agosto na capital francesa.
Numa declaração conjunta, as entidades sindicais pedem ainda que a autarquia de Paris seja "compreensiva com as reivindicações financeiras de modo a garantir a sobrevivência do monumento e da empresa que o administra".
Em circunstâncias normais, a Torre Eiffel está aberta 365 dias por ano e atrai cerca de sete milhões de visitantes a cada 12 meses, a maioria estrangeiros.