Novos ataques de Israel em Gaza matam pelo menos 48 pessoas

Conflito já fez 48 vítimas entre os palestinianos
Conflito já fez 48 vítimas entre os palestinianos Direitos de autor Fatima Shbair/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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Israel continua a adiar prometida ofensiva terrestre em Rafah, sob pressão da comunidade internacional. Último ataque aéreo na cidade do sul de Gaza matou quatro pessoas e destruiu uma mesquita.

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Israel fez um novo ataque aéreo em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, enquanto se arrasta a possibilidade de uma ofensiva terrestre contra aquele que se acredita ser o último reduto do Hamas.

Israel tem enfrentado pressão da comunidade internacional para não fazer este ataque, já que cerca de um milhão e meio de habitantes de Gaza estão amontoados nesta zona, a maioria dos quais deslocados de outras partes do enclave devido à guerra em curso.

Este último ataque destruiu uma mesquita e um edifício residencial e matou quatro pessoas.

Irão e China depõem no TIJ

Em Haia, decorreu o quarto dia de audiências no Tribunal Internacional de Justiça, sobre um pedido da Assembleia Geral para um parecer consultivo não vinculativo sobre o conflito israelo-palestiniano. Os representantes da China e do Irão dirigiram-se esta quinta-feira ao tribunal. O conselheiro jurídico do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China afirmou que a última guerra de Gaza faz parte de décadas de "opressão israelita contra os palestinianos": "A justiça tem sido muito adiada, mas não deve ser negada. A resolução da questão da Palestina exige esforços mútuos da Palestina e de Israel", disse Ma Xinmin.

A ideia de terra em troca de paz tem sido a pedra angular da diplomacia liderada pelos EUA durante décadas e foi a base dos Acordos de Camp David entre Israel e o Egito, nos quais Israel se retirou da Península do Sinai em troca de paz e reconhecimento.

O mesmo princípio tem sido aplicado ao conflito israelo-palestiniano, mas o processo de paz tem estagnado repetidamente devido aos ataques palestinianos, à expansão dos colonatos israelitas em território ocupado e à incapacidade de ambas as partes chegarem a acordo sobre questões espinhosas como as fronteiras finais, o estatuto de Jerusalém e o destino dos refugiados palestinianos.

Israel conquistou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza na guerra do Médio Oriente de 1967. Os palestinianos pretendem que as três zonas sejam um Estado independente. Israel considera a Cisjordânia um território disputado e afirma que o seu futuro deve ser decidido em negociações.

Israel também construiu colonatos em toda a Cisjordânia, muitos dos quais se assemelham a subúrbios e pequenas cidades totalmente desenvolvidos. Os colonatos albergam mais de 500.000 colonos judeus, enquanto cerca de três milhões de palestinianos vivem no território. A comunidade internacional considera, na sua esmagadora maioria, que os colonatos são ilegais.

A anexação de Jerusalém Oriental por Israel, onde se encontram os locais sagrados mais sensíveis da cidade, não é reconhecida internacionalmente.

Conflito já matou 29 mil pessoas

Os tanques israelitas continuam a disparar contra Gaza. Os ataques feitos durante a noite nas áreas sul e central da Faixa de Gaza mataram pelo menos 48 pessoas, metade das quais mulheres e crianças, segundo as autoridades de saúde do território controlado pelo Hamas. Os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus e as agências da ONU apelaram a um cessar-fogo, com o alarme a aumentar devido ao agravamento da crise humanitária e à potencial fome no território.

A guerra começou quando militantes do Hamas invadiram o sul de Israel a 7 de outubro, matando cerca de 1200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns. Pensa-se que cerca de um quarto dos 130 reféns ainda detidos estejam mortos.

Em resposta, Israel devastou grande parte do território palestiniano. O Ministério da Saúde de Gaza estima que mais de 29.000 palestinianos tenham sido mortos, até agora.

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