Kurz poderá ser condenado a uma pena de até três anos de prisão.
Um juiz condenou esta sexta-feira o antigo chanceler austríaco, Sebastian Kurz, por fazer falsas declarações a uma comissão parlamentar que investigava alegações de corrupção no primeiro governo que liderou.
O veredito foi anunciado em Viena após quatro meses de julgamento e o antigo chanceler incorre numa pena até três anos de prisão. Foi a primeira vez, em mais de 30 anos, que um chanceler alemão foi levado a julgamento.
O caso centrava-se no testemunho de Kurz num inquérito à coligação que liderou desde 2017, quando o seu partido, o Partido Popular Austríaco, formou governo com o Partido da Liberdade da Áustria, de extrema-direita. O executivo caiu em 2019.
Os procuradores acusaram o antigo chanceler, de 37 anos, de ter prestado falsas declarações em junho de 2020, sobre o seu papel na criação da holding OeBAG, que administra a participação do Estado em algumas empresas, e na nomeação de Thomas Schmid, então seu colaborador próximo, para a liderar.
O juiz considerou Kurz culpado de prestar falsas declarações apenas sobre a nomeação do conselho de supervisão da empresa mas não sobre a nomeação de Schimd. Segundo a imprensa internacional, o antigo chanceler deverá recorrer da decisão do magistrado.
Kurz, que chegou a ser uma estrela em ascensão entre os conservadores da Europa, resignou em 2021 devido a uma outra investigação por corrupção e abandonou a vida política.