Hamas sob pressão dos EUA para aceitar acordo de cessar-fogo

Faixa de Gaza
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Delegação do Hamas chegou este domingo ao Cairo, mas não fez qualquer comentário sobre um eventual entendimento. Estados Unidos dizem que ónus está do lado do grupo palestiniano. ONU alerta que, em Gaza, pode já haver fome.

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A delegação do Hamas chegou no domingo ao Cairo para participar numa nova ronda de conversações sobre um cessar-fogo temporário, mas não fez comentários sobre as hipóteses de se chegar a um entendimento. 

Os Estados Unidos acreditam que o caminho para uma trégua está desbravado. As autoridades norte-americanas repetiram o que Joe Biden já dissera - que o momento agora é de o Hamas dar luz verde acordo que já foi "mais ou menos aceite" por Israel.

Apesar da pressão americana, um responsável palestiniano, citado pela Sky News, deixou claro que o acordo ainda não está em cima da mesa, numa altura em que Israel não abranda a investida militar na Faixa de Gaza. 

Os israelitas não enviaram a sua delegação ao Cairo, alegando que o Hamas não forneceu a lista dos reféns ainda vivos, em particular os "mais vulneráveis" (aqueles que deveriam ser libertados no âmbito do acordo), nem dos prisioneiros palestinianos que o Hamas gostaria de ver libertados em troca.

O Egito, que atua como mediador, sugere que, para já, algumas questões poderão ser postas de lado, com a garantia de serem resolvidas em fases posteriores.

O plano passa por chegar a um acordo antes do Ramadão, que começa a 10 de março.

Esta madrugada, pelo menos seis palestinianos foram mortos num raide aéreo israelita a um edifício residencial no leste de Rafah, o que eleva para 13 o número total de vítimas mortais na última noite. Sete pessoas já tinham sido mortas num outro ataque israelita a uma casa no bairro de Khirbet al-Adas, em Rafah. As equipas de salvamento da zona têm estado a procurar sobreviventes e corpos nos escombros.

Pode já haver situação de fome em Gaza

O relator especial das Nações Unidas para o direito à alimentação, Michael Fakhri, pediu a imposição de sanções contra Israel, afirmando que esta é a única forma de alcançar um cessar-fogo, dizendo que "a fome pode muito bem estar já a acontecer" na Faixa de Gaza.

No domingo, o Papa Francisco encorajou os esforços no sentido de "um cessar-fogo imediato". O líder da Igreja Católica foi enfático no pedido: "Por favor, parem!", exclamou durante o seu discurso de domingo na Praça de São Pedro.

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