Ramadão começa sem cessar-fogo à vista em Gaza

Fiéis junto à mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém
Fiéis junto à mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém Direitos de autor Captura de vídeo de AP
Direitos de autor Captura de vídeo de AP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Muçulmanos deram início no domingo às orações do Ramadão, mês sagrado para o Islão, debaixo da guerra mais sangrenta na região nos últimos 25 anos. Palestinianos da Cisjordânia poderão celebrar sem restrições, ao contrário do que acontece em Gaza, onde mais de mil mesquitas foram destruídas.

PUBLICIDADE

O mês sagrado do Ramadão começou no domingo à noite quando se avistou a lua crescente. 

Em Jerusalém, os muçulmanos juntaram-se na mesquita de Al-Aqsa, no Monte do Templo, para festejar, sob a sombra da guerra mais sangrenta dos últimos 25 anos na região.

Recentemente, os serviços de segurança israelitas impuseram restrições aos que queriam rezar na mesquita, impedindo a entrada de muitos. 

Este domingo, o ministro do Gabinete de Guerra israelita, Benny Gantz, afirmou que a liberdade de culto será permitida no Monte do Templo e noutros locais.

Na Faixa de Gaza, porém, os fiéis não têm muitas opções. No início deste ano, as autoridades de Gaza, dirigidas pelo Hamas, informaram que mais de 1000 mesquitas foram destruídas e fortemente danificadas durante a guerra.

Apesar disso, em Gaza, onde já foram registadas dezenas de mortes por subnutrição, o Ramadão não passou em claro.

Hamas só aceita "cessar-fogo permanente"

Os habitantes de Gaza e os israelitas não conseguiram as tão esperadas tréguas durante o Ramadão. Apesar de várias rondas de negociações, o cessar-fogo falhou.

A certa altura, Israel retirou-se das conversações, alegando que o Hamas se recusava a fornecer uma lista completa dos reféns ainda vivos em Gaza. 

No último domingo, Ismail Haniyeh, líder máximo do Hamas, afirmou que Israel "se esquivou a dar garantias claras" relativamente ao cessar-fogo e à retirada das forças armadas israelitas. Haniyeh sublinhou que nenhum refém será libertado sem um cessar-fogo permanente.

Mesmo assim, prosseguem os planos internacionais para agilizar a entrega de ajuda a Gaza. O exército americano já anunciou que um navio do exército, o General Frank S. Besson, partiu de uma base perto de Norfolk, na Virginia, no sábado.

 Já o "Open Arms" continua ancorado em Lárnaca.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

EUA pressionam Hamas a aceitar acordo de cessar-fogo e voltam a entregar ajuda por via aérea a Gaza

Número de mortos em Gaza ultrapassa 29 mil. Tensão no Líbano segue em crescendo

Gaza na memória dos muçulmanos por ocasião do Eid al-Fitr