Passageiros não tiveram de ser submetidos ao controlo fronteiriço.
Esta segunda-feira realizou-se o primeiro voo entre a Bulgária e a Roménia após a entrada dos dois países no espaço Schengen por via aérea e marítima.
O avião descolou às 12h40 de Sófia e aterrou em Bucareste uma hora e cinco minutos mais tarde.
Os passageiros não tiveram de ser submetidos ao controlo fronteiriço e, portanto, a quase 30 minutos de espera, após a decisão unânime do Conselho da União Europeia do final do ano passado, que entrou em vigor no domingo.
A Roménia e a Bulgária aderem apenas parcialmente ao espaço Schengen, o que significa que os controlos nas fronteiras terrestres se mantêm.
O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, considerou a adesão uma "conquista merecida" para a Roménia, permitindo que os cidadãos viajem mais facilmente, e proporcionado um impulso económico.
"Temos um plano governamental claro e firmemente assumido para a plena adesão ao Espaço Schengen até ao final do ano", afirmou.
Kalin Stoyanov, ministro do Interior da Bulgária, já tinha dito no domingo que "a adesão plena da Bulgária a Schengen ocorrerá até ao final de 2024".
"Mostrámos e continuamos a mostrar aos migrantes ilegais que não devem tomar o caminho para a Europa através da Bulgária.", declarou.
O levantamento do controlo fronteiriço deverá facilitar as operações nos quatro aeroportos internacionais da Bulgária, que em 2023 registaram quase 11 milhões de passageiros, de acordo com dados oficiais.
O aeroporto da capital, Sófia, é o maior centro de voos Schengen, que constituem 70% de todos os voos, segundo representantes do aeroporto.
Embora se espere que a medida tenha um impacto positivo no setor do turismo, os deputados do Parlamento Europeu manifestaram a sua preocupação com as longas filas de espera nas fronteiras terrestres da União Europeia e com as consequências que isso pode trazer ao comércio no mercado único do bloco, bem como à saúde e segurança dos condutores.
Os condutores de camiões ficam frequentemente presos em filas de quilómetros de comprimento nas fronteiras da Roménia e da Bulgária. A União dos Transportadores Internacionais da Bulgária estima que os atrasos custam ao setor dezenas de milhões de euros por ano.