Bélgica: plano de habitação acessível torna mais fácil comprar depois de arrendar

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Após período de arrendamento, inquilino tem a hipótese de ficar como proprietário graças a um empréstimo que lhe é concedido. Perante o preço elevado das rendas, não apenas grandes cidades, o alojamento partilhado é uma opção cada vez mais popular na Bélgica para jovens profissionais.

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Comprar ou alugar? O eterno debate.

Na Bélgica, os preços elevados das casas e a dificuldade em obter um empréstimo  tornam impossível para muitos ter casa própria. 

Mas isso pode mudar com o plano de habitação acessível que contempla a possibilidade de comprar depois de arrendar.

"Alguém pode arrendar esta casa ou apartamento durante 5 a 7 anos a um preço fixo, em condições estabelecidas à partida, e depois, ao fim de 5 a 7 anos, poderá, de facto, desenvolver um esforço próprio e tornar-se proprietário através de um empréstimo que lhe será oferecido", afirma Régis Ortmans, Diretor Regional da Matexi para Bruxelas, Valónia e o Grão-Ducado do Luxemburgo.

A habitação acessível na Bélgica representa 6%, ao passo que em França é de 14% e no Reino Unido se situa nos 17%.

"Se eu decidir comprar o imóvel, bem, durante quatro anos, metade da renda é considerada recuperável, por isso é um adiantamento, pelo que, de facto, ao pagar a minha renda, estou a poupar metade da renda para a futura compra. E isso é uma grande inovação quando se pensa em ser proprietário", explica Laurent Loncke, diretor da banca de retalho do BNP Paribas Fortis.

"Co-living" dispara na Bélgica

Na Bélgica, até o arrendamento se tornou uma missão impossível, não só para os mais jovens ou nas grandes cidades.

Para os jovens no mercado de trabalho, o alojamento partilhado continua a ser a opção preferida.

Alguns fazem-no por opção, ao passo que outros são forçados a seguir esta via.

A nova tendência na habitação é o co-living. Trata-se frequentemente de grandes casas completamente renovadas por empresas privadas. Esta forma de vida partilhada de luxo é cada vez mais popular entre os jovens trabalhadores e expatriados com idades compreendidas entre os 23 e os 35 anos.

Está também em voga uma forma de partilha de casa entre gerações: pessoas mais velhas arrendam um quarto barato a estudantes para fazer face à solidão. É o caso de Cathy, que abriu as portas da sua casa em Bruxelas a Nais.

"Perdi o meu marido há um ano e meio e descobri que estar em casa sozinha não me agradava nada. Queria ter a presença de alguém, ter um pouco de juventude, ter alguma vida", conta Cathy Brouwer, proprietária que partilha a casa em Bruxelas.

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