A moção contra Salvini surgiu a propósito das relações entre o seu partido, o Liga, e o partido de Vladimir Putin. Já Santanchè está a ser investigada por falsificação e fraude contra o Instituto Nacional de Previdência Social italiano.
A Câmara dos Deputados de Itália rejeitou, na quarta-feira à noite, a moção de desconfiança contra o ministro dos Transportes e vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, com 211 votos contra e 129 votos a favor. Esta quinta-feira, os deputados rejeitaram, ainda, uma moção de desconfiança contra a ministra do Turismo, Daniela Santanchè.
A moção contra Salvini, apresentada pela oposição com o primeiro signatário, o líder do grupo Ação, Matteo Richetti, surgiu a propósito das relações entre o partido Liga e o partido de Vladimir Putin, a Rússia Unida.
Em 2017, Salvini, enquanto secretário federal da Liga, assinou um acordo de cinco anos com o partido russo, que seria automaticamente renovado a 6 de março de 2022, após o início da guerra na Ucrânia.
Líder do Liga diz que está "do lado da Ucrânia”
Em entrevista à imprensa italiana, Salvini reitereou que o acordo entre o Liga e o partido de Vladimir Putin foi cancelado, no início da guerra entre Moscovo e Kiev, e confessou que o seu partido está do lado da Ucrânia.
"O problema não é o povo russo, o problema é ter desencadeado uma guerra sem sentido que o mundo teria gostado de evitar", disse Salvini, citado pela imprensa italiana.
Moção de desconfiança contra Santanchè é rejeitada
Com 213 votos contra e 121 a favor, a Câmara de Montecitorio rejeitou, na quinta-feira de manhã, a moção de desconfiança contra a ministra do Turismo, Daniela Santanchè, apresentada pelo Movimento Cinco Estrelas e subscrita por todas as oposiças oposições, com exceção da Itália Viva.
Santanchè está a ser investigada, na qualidade de antiga diretora-geral das empresas Visibila Editore e Visibila Concessionaria, por falsificação da contabilidade e por fraude contra o Instituto Nacional de Previdência Social italiano.As empresas tinham-se candidatado a um fundo de despedimento com horário zero em tempos de emergência da Covid, mas os empregados alegadamente continuaram a trabalhar.