Europol identificou as 821 redes criminosas mais perigosas da Europa

Diretora-Executiva da Europol
Diretora-Executiva da Europol Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Relatório da Europol divulgado esta sexta-feira revela que os grupos criminosos mais perigosos da Europa têm mais de 25 mil membros de múltiplas nacionalidades e que operam em vários países em simultâneo.

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A Europol - Agência da União Europeia para a Cooperação Policial identificou as 821 redes criminosas "mais perigosas" da Europa, através da análise de operações de tráfico de droga, imobiliárias ou até de logística.

Num relatório divulgado esta sexta-feira, a Europol realça que a maioria dos grupos sinalizados se dedica ao tráfico de estupefacientes e que as organizações criminosas operam normalmente em países como Bélgica, Alemanha, Itália, Espanha ou Países Baixos.

Pela primeira vez, a Europol decidiu "analisar em profundidade" as operações dos grupos criminosos e as suas estratégias para se infiltrarem em negócios legais e branquearem lucros.

Cerca de 86% destes grupos criminosos utilizam “estruturas empresariais legais”, recorrendo a advogados ou peritos financeiros "que por vezes desconhecem a origem criminosa dos bens".

"É um facto que a segurança interna da União Europeia é ameaçada por redes criminosas que estão a prejudicar as nossas sociedades. Estas 821 redes criminosas mais perigosas e os seus 25 mil membros cometem crimes por lucro e têm capacidade para operarem em vários países em simultâneo. Atuam em várias áreas do crime, desde o tráfico de droga à fraude, ao crime contra a propriedade, ao contrabando de migrantes ou ao tráfico de seres humanos. Metade delas está envolvida no tráfico de droga", destacou Catherine De Bolle, diretora-executiva da Europol.

Entre os 25 mil suspeitos que fazem partes destas organizações criminosas agora identificadas, há pessoas de 112 nacionalidades diferentes e, em 6% dos casos, os líderes dos grupos estão em países fora da União Europeia, nomeadamente em Marrocos, Turquia, América do Sul ou Emirados Árabes Unidos. 

O Dubai, considera a Europol, tornou-se um "centro de coordenação à distância" e os grupos que recorrem ao porto de Antuérpia, na Bélgica - centro de tráfico de droga na Europa - são controlados sobretudo por países terceiros, detalhou ainda o ministro belga da Justiça, Paul Van Tigchelt, que esteve presente na apresentação deste relatório.

Mais de 70% das redes criminosas recorrem à corrupção para facilitarem a atividade criminal e colocarem obstáculos às forças policiais ou processos judiciais.

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