Eleições locais na Polónia testam Governo de Tusk há menos de quatro meses no poder

Segunda volta acontece daqui a duas semanas se nenhum candidato a liderar municípios obtiver mais de metade dos votos
Segunda volta acontece daqui a duas semanas se nenhum candidato a liderar municípios obtiver mais de metade dos votos Direitos de autor Czarek Sokolowski/AP
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Eleitores polacos vão eleger assembleias regionais, presidentes das câmaras municipais e milhares de vereadores este domingo.

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A Polónia vai a votos este domingo no primeiro teste eleitoral do governo de coligação do primeiro-ministro Donald Tusk quase quatro meses após assumir o poder.

Nestas eleições locais, os polacos vão eleger as assembleias regionais, presidentes das câmaras municipais e milhares de vereadores. Ao todo, há quase 190.000 candidatos registados a concorrer para cargos do poder local.

A segunda volta acontecerá duas semanas depois, a 21 de abril, caso os candidatos a liderar municípios não ganhem com pelo menos 50% dos votos na primeira volta.

Menos de quatro meses após a posse do executivo, as eleições locais vão medir o peso dos partidos que formam a coligação governamental, que já começa a demonstrar fragilidades, o que levou a que os liberais da Plataforma Cívica (PO), liderados pelo antigo presidente do Conselho Europeu e atual primeiro-ministro, Donald Tusk, os democratas-cristãos da Terceira Via e a Esquerda (progressistas) concorram separadamente.

O governo de coligação de Tusk, que inclui a Terceira Via e a Esquerda, pôs fim a oito anos turbulentos de governo do partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), que foi acusado pela União Europeia de violar os valores democráticos com interferências no poder judicial e nos média.

Há décadas que o PiS não vence eleições em nenhuma cidade com mais de 100 mil habitantes, embora normalmente obtenha um número de votos semelhante em todo o país ao do PO de Tusk: cerca de um terço, o mesmo que projetam as sondagens.

As eleições locais são também disputadas num clima de tensão entre o governo de Tusk e o Presidente polaco apoiado pelo PiS. E poderão ser um bom termómetro para as presidenciais, a decorrer no próximo ano, e às quais Andrzej Duda já não poderá concorrer por ter atingido o limite de mandatos.

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