Moscovo e Kiev acordam trocar 48 crianças deslocadas pela guerra

A comissária russa para a Infância, Maria Lvova-Belova
A comissária russa para a Infância, Maria Lvova-Belova Direitos de autor Mikhail Metzel/Sputnik
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De acordo com a comissária russa para a Infância, Maria Lvova-Belova, 29 crianças regressarão à Ucrânia e 19 à Rússia.

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As autoridades da Rússia e Ucrânia chegaram a acordo para a troca de 48 crianças deslocadas pela guerra, anunciou a comissária russa para a Infância, Maria Lvova-Belova, após a primeira reunião bilateral sobre o assunto, mediada pelo Qatar.

De acordo com Maria Lvova-Belova, 29 crianças regressarão à Ucrânia e 19 à Rússia.

Segundo o Tribunal Penal Internacional, milhares de crianças não foram deslocadas pelos combates, mas sim deportadas conscientemente pela Rússia, alegações que Moscovo rejeita.

No sábado, a Procuradoria-Geral da Ucrânia informou que desde o início da invasão morreram 545 crianças, enquanto 1.289 ficaram feridas em diferentes estados de gravidade.

Além das vítimas da ofensiva militar russa, várias crianças ucranianas nas regiões ocupadas têm sido deportadas à força para a Rússia, onde são expostas a campanhas de propaganda pró-Rússia, adoções ilegais e até treino militar.

Rostyslav, um jovem ucraniano que foi sequestrado perto de Kherson, finalmente conseguiu escapar do treino militar russo. 

"Foi assustador lá. A coisa mais assustadora foi quando estive trancado numa cela de isolamento. Queria escapar de lá, mas percebi que as consequências seriam terríveis", conta Rostyslav.

"Até agora, conseguimos encontrar 60 lugares como esses. E não só ao longo da fronteira com a Ucrânia, mas também nas partes mais orientais da Rússia", revelou Vladyslav Havrylov, investigador de crimes de guerra da organização Ukrainian PR Army.

Nos últimos meses, a Ucrânia tem sofrido intensas campanhas de bombardeamentos das forças de Moscovo contra as suas principais cidades e infraestruturas energéticas, provocando vítimas civis. Ao mesmo tempo, a Ucrânia tem realizado uma série de ataques em profundidade em território russo, contra alvos militares mas também outros como refinarias, e que também têm causado mortes de civis.

Esta quarta-feira, um míssil atingiu um armazém em Odesa. Os ataques russos continuam também a atingir Kharkiv e outras regiões da Ucrânia.

Em resposta, Kiev também lançou um ataque com drones a dois depósitos de petróleo no oblast russo de Smolensk, que terá arrasado com 26 mil metros cúbicos de combustível.

Os meios de comunicação e as autoridades da Rússia também relataram ataques nas regiões de Lipetsk e Voronezh.

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