Autoridades da China, Rússia, Vietname e Laos estarão entre os participantes nas celebrações de sexta-feira.
Na sexta-feira, dia 10 de outubro, a Coreia do Norte celebra 80 anos da fundação do "Partido dos Trabalhadores", consequentemente 80 anos no poder, e convidou alguns dignitários estrangeiros para as cerimónias, que já começaram a chegar
Kim Jong-un, o líder norte-coreano, tem mantido em segredo os planos para a comemoração, mas as autoridades sul-coreanas disseram esperar que haja um desfile com o mais recente equipamento militar do país.
A nação isolada, governada pela família Kim há três gerações, conta com Pequim e Moscovo como os dois aliados mais próximos.
O primeiro-ministro chinês Li Qiang chegou a Pyongyang, capital da Coreia do Norte, na quinta-feira.
As celebrações contarão também com a presença do antigo presidente russo Dmitry Medvedev, do secretário-geral do Partido Comunista do Vietname, To Lam, e do presidente do Laos, Thongloun Sisoulith.
Li, que é um dos sete membros do Politburo da China, é o mais alto funcionário chinês a visitar a Coreia do Norte desde 2019. A sua viagem surge após uma série de reuniões de alto nível entre os dois países.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da China e da Coreia do Norte reuniram-se em Pequim no final de setembro, prometendo aprofundar os laços bilaterais e lutar contra o hegemonismo, numa provável referência aos EUA.
No início de setembro, Kim compareceu ao lado do presidente chinês Xi Jinping e do presidente russo Vladimir Putin, em Pequim, numa enorme parada militar para assinalar a vitória da China sobre o Japão e o fim da Segunda Guerra Mundial.
Durante uma reunião bilateral com Kim na capital chinesa, Xi sublinhou a "grande importância" da "amizade tradicional" das duas nações.
Numa reunião separada entre Kim e Putin em Pequim, o líder russo agradeceu ao seu aliado norte-coreano por ter enviado milhares de tropas para ajudar na guerra contra a Ucrânia. "Nunca esqueceremos os sacrifícios feitos pelas vossas forças armadas e pelas famílias dos vossos militares", disse Putin a Kim.
O Estado eremita asiático, que há anos está sujeito a sanções internacionais significativas, tem atuado como um dos maiores apoiantes da Rússia, juntamente com o Irão, na sua guerra total contra a Ucrânia, agora no seu quarto ano.
Perdeu pelo menos 2 mil soldados a lutar por Moscovo, de acordo com relatórios dos serviços secretos sul-coreanos de setembro.
Antes das celebrações do 80.º aniversário, Kim discursou na quarta-feira no Museu da Fundação do Partido em Pyongyang, onde celebrou o seu avô e fundador do Estado, Kim Il-sung, de acordo com a agência noticiosa estatal KCNA.