Música Gnaoua: uma das grandes tradições do folclore marroquino em versão fusão

Música Gnaoua: uma das grandes tradições do folclore marroquino em versão fusão
De  Euronews
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A cidade marroquina de Essaoiura é o palco anual do Festival de Música Gnaoua. Nesta cidade costeira, os portugueses construíram o forte de Mogador

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A cidade marroquina de Essaoiura é o palco anual do Festival de Música Gnaoua. Nesta cidade costeira, os portugueses construíram o forte de Mogador em 1506. Hoje, Essaoiura promove as trocas culturais graças à música Gnaoua, uma das grandes tradições do folclore marroquino.

A tradição Gnaoua está associada aos descendentes dos escravos de origem subsariana que trabalhavam para os antigos exércitos árabes de Marrocos e da Argélia. O repertório da música Gnaoua é composto por canções de cariz espiritual.

O Festival promove os os chamados concertos de fusão. Todos os anos, músicos de todo o mundo são convidados a tocar com os músicos locais para preparar concertos onde se cruzam diferentes tipos de música.

Na primeira noite, houve fusão entre a música africana e a música da Ásia. O artista afegão Humayun Kahn tocou com um dos grandes mestres da tradição Gnaoua, o marroquino Hamid El Kasri.

“Ele é um grande mestre. Devo dizer que é uma aprendizagem e é uma honra tocar com ele. Estou sempre a aprender. Sou um estudante e aprendo formas diferentes de tocar certos ritmos. Estou muito agradecido”, disse Humayun Kahn.
O concerto do dinamarquês Mikkel Nordsö ao lado do músico marroquino Mustafa Bakbou foi outro dos destaques do evento.

Maâlem Omar Hayat é uma estrela em Marrocos. Começou a tocar música aos sete anos e tornou-se num dos maiores especialistas de música Gnaoua. Grande mestre da música Gnaoua, Maâlem Omar Hayat, tocou com o músico Sonny Troupé, da ilha de Guadalupe.

Hindi Zahra é uma das vozes mais promissoras de Marrocos. Num concerto com Mehdi Nassouili interpretou grandes temas da tradição berbere.

“Associei a música berbere à música africana. Ao nível do canto tento criar pontes com o Brasil. Escolhi ritmos de outros países e de outras culturas. Tento misturar esses elementos com a minha própria visão e a minha cultura marroquina e africana”, disse a cantora.

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