Bienal da dança de Lyon: um evento popular festivo e inclusivo sob a direção de Tiago Guedes

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De  Frédéric PonsardElza Gonçalves
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A bienal da dança em Lyon quer-se popular festiva e inclusiva. O evento acaba de ser inaugurado com o tradicional desfile pelas ruas da cidade francesa.

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Quatro mil bailarinos e músicos, na maioria amadores, desfilaram no centro de Lyon, dando corpo ao tema da edição 2023 da Bienal da Dança de Lyon: o diálogo entre as artes e o desporto. Um evento unificador destinado a todo o tipo de público.

"O desfile é um projeto emblemático daquilo a que chamamos agora ação cultural e mediação cultural. Representa um ano de trabalho que reuniu coreógrafos profissionais e amadores, ao nível da dança, mas também ao nível da música, figurinos, carros alegóricos. É arte total. A cidade transforma-se em dança e todos dançam com a ideia de que a dança está em todo o lado e é para todos", afirmou Tiago Guedes, diretor artístico da Bienal de Dança de Lyon e da Maison de la Danse de Lyon.

"A Bienal tem mesmo de dar visibilidade a todas estas danças. O desfile é o grande marco desta ideia de democratização da dança", acrescentou o artista português.

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Tiago Guedes, diretor da Bienal da Dança de Lyon e da Maison de la Danse de Lyoneuronews

48 espetáculos durante 3 semanas

Os numerosos grupos de dança reuniram-se na praça central da cidade para celebrar o lançamento da bienal. A programação integra 48 espectáculos de artistas franceses, europeus e de todo o mundo, que decorrem durante 3 semanas em Lyon e em toda a região.

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Bienal de Lyon 2023euronews

Em espaços abandonados, os organizadores da bienal da dança de Lyon criaram eventos efémeros, insólitos e de convívio. Na antigas instalações da fábrica Fagor, há festas até ao final de setembro, abertas a todos, minorias e maiorias, artistas profissionais e amadores.

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Rose-Amélie Da Cunha, programadora do Club Bingo, no âmbito da Bienal da Dança de Lyoneuronews

Não deixar ninguém de fora

"Somos todos bailarinos. Queríamos mostrar que em Lyon havia muitos coletivos a organizar festas, em muitos locais alternativos, e convidámos esses coletivos a organizar essas festas connosco para criar pistas de dança libertadoras, alegres, inclusivas e tão seguras quanto possível", sublinhou Rose-Amélie Da Cunha, programadora do Club Bingo.

Não deixar ninguém fora da pista de dança, evitar que a dança contemporânea seja vista como uma arte elitista e ultrapassar barreiras entre géneros e estilos são algumas das prioridades do evento francês lançado em 1984.

A Bienal de Dança de Lyon decorre até 30 de setembro.

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