O reservista militar israelita fez uma audição bem sucedida para a escolha de Israel para o Festival Eurovisão da Canção, que se realizará no próximo ano na Suécia, num momento em que se pede que o concurso seja boicotado devido à inclusão de Israel.
Um militar israelita na reserva, Shaul Greenglick, de 26 anos, foi morto na Faixa de Gaza, poucas semanas depois de ter participado com êxito numa audição num programa de televisão que escolhe a candidatura do país ao Festival Eurovisão da Canção.
Greenglick actuou no programa "Israel's Rising Star" a 3 de dezembro, quando se encontrava de licença da sua mobilização na guerra contra o Hamas. Vestido com o uniforme do exército e com as divisas de tenente, cantou uma balada popular e recebeu luz verde para a fase seguinte do processo de seleção.
Um dos jurados, Keren Peles, disse a Greenglick no palco: "Estou contente por te ver de uniforme, porque é reconfortante que alguém como tu esteja de uniforme. Ficaria feliz por te ver representar Israel na Eurovisão".
Mas Peles, escrevendo após a publicação da morte de Greenglick no norte de Gaza, disse que tinha desistido do espetáculo devido às suas funções na reserva da infantaria.
"Imaginei este ano de forma diferente, como um ano de aspiração e de viver os meus sonhos", disse Greenglick num post de 14 de dezembro no Facebook.
"Agora estou a viver um sonho antigo, o de lutar pelo país .... Um sonho novo e diferente terá de esperar um pouco".
O Festival Eurovisão da Canção de 2024 terá lugar em maio, em Malmo, na Suécia, e o concurso deverá ser boicotado devido à inclusão de Israel na lista de países participantes.