Planeta Terra chegou à "era da ebulição global", alerta ONU

"Atenção! Perigo de Calor Extremo", alerta sinal no Parque Nacional do Vale da Morte, EUA
"Atenção! Perigo de Calor Extremo", alerta sinal no Parque Nacional do Vale da Morte, EUA Direitos de autor Ty ONeil/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Euronews
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Pela primeira vez desde que há registo, a temperatura média global esteve 1,5° C acima da era pré-industrial. Meta do Acordo de Paris para o aquecimento global nunca tinha sido atingida.

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O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou, esta quinta-feira que a era do aquecimento global deu lugar à da "ebulição global". O alerta surge na sequência de os cientistas terem revelado que julho está a caminho de ser o mês mais quente de que há registo.

Durante as três primeiras semanas do mês foram registados novos máximos de temperatura em vários pontos do globo.

As consequências, afirma Guterres, "são trágicas: crianças arrastadas pelas chuvas das monções. Famílias a fugir das chamas.Trabalhadores a sucumbir ao calor abrasador". E já não há tempo para "hesitações e as desculpas".

De acordo com o investigador Karsten Haustein, da Universidade de Leipzig, na Alemanha, em julho de 2023, o mundo vai estar 1,5ºC mais quente do que era anteriror à Revolução Industrial.

Recorde-se que este foi o valor limite estipulado pelo Acordo de Paris para o aquecimento global. A meta nunca tinha sido atingida.  

Guterres defende que "ainda é possível limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC [acima dos níveis pré-industriais] e evitar o pior das alterações climáticas. Mas só com uma ação climática dramática e imediata".

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