Poluição do ar na UE continua elevada e a causar muitas doenças

Nas cidades, os transportes são a principal fonte de poluição
Nas cidades, os transportes são a principal fonte de poluição Direitos de autor Michel Euler/ AP
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De  Gregoire LoryIsabel Marques da Silva
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Embora a qualidade do ar esteja a melhorar na União Europeia (UE), os níveis de poluição ainda são muito altos. A Agência Europeia do Ambiente (AEA) salienta que os 27 países não estão a conseguir cumprir as suas próprias normas, e muito menos as estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde.

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"Existem, naturalmente, muitos poluentes atmosféricos diferentes, mas os que são mais graves ou mais nocivos são as partículas finas. As nossas mais recentes estimativas indicam que 253 mil mortes podem ser atribuídas a este poluente", disse Leena Ylä-Mononen, diretora da Agência Europeia do Ambiente, em entrevista à euronews, sexta-feira, dia da publicação do mais recente relatório.

"São mortes que poderiam ser evitadas através de medidas corretas", acrecentou a diretora, que realçou que a qualidade do ar está a melhorar na Europa, mas que a poluição causa várias doenças e acarreta custos significativos para os sistemas de saúde.

No caso das partículas finas, houve uma quebra nos óbitos de 41%, entre 2005 e 2021. Mas outros gases tóxicos continuam a ser preocupantes: a poluição por dióxido de azoto é responsável por 52 mil morte; e a exposição aguda ao ozono é responsável por 22 mil.

Nas cidades, os transportes são a principal fonte de poluição e, noutras áreas, o aquecimento doméstico com combustíveis sólidos, tais como o carvão ou a madeira, também afeta a qualidade do ar.

É importante notar que, pela primeira vez, o nosso relatório analisa mais pormenorizadamente várias doenças e o impacto da poluição atmosférica no agravamento destas doenças. É o caso sa asma ou as doenças cardíacas crónicas.
Leena Ylä-Mononen
Diretora, Agência Europeia do Ambiente

Se as doenças rerspiratorias estão mais associadas a esta poluição, há outras a vigiar. "No caso mais grave, provoca doenças que conduzem rapidamente à morte, como por exemplo, o cancro do pulmão", disse Leena Ylä-Mononen. 

"Mas é importante notar que, pela primeira vez, o nosso relatório analisa mais pormenorizadamente várias doenças e o impacto da poluição atmosférica no agravamento destas doenças. É o caso da asma ou das doenças cardíacas crónicas. Portanto, a qualidade de vida é, em muitos aspetos, prejudicada pela poluição atmosférica, ainda hoje, na Europa", explicou a diretora.

O relatório da ASA salienta, também, que as alterações climáticas, e em particular o aumento das temperatura nas cidades, estão a prejudcar a qualidade do ar, com impactos negativos na saúde dos cidadãos.

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