Eurodeputados "prevêem" Brexit sem acordo

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De  Isabel Marques da Silva com LUSA
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Eurodeputados "prevêem" Brexit sem acordo

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No dia em que Boris Johnson tomou posse como primeiro-ministro britânico, o grupo do Parlamento Europeu que acompanha o processo do Brexit reuniu-se e emitiu um comunicado a "louvar os prepativos comunitários para o cenário de saída sem acordo".

“O grupo tomou nota de declarações recentes, especialmente as feitas durante a campanha de liderança do Partido Conservador, que aumentaram muito o risco de uma saída desordenada do Reino Unido. (...) O grupo elogia as medidas de preparação e de contingência tomadas pelas instituições da União Europeia e pelos 27 Estados-membros para se prepararem para uma saída sem saída, mas salienta que tal saída não será atenuada por qualquer forma de acordos ou mini-acordos entre a União Europeia e o Reino Unido", lê-se no comunicado.

Apesar da disponibilidade de Johnson para um Brexit sem rede, outras forças no parlamento britânico poderão trocar-lhe as voltas.

O Partido Brexit foi o mais votado nas eleições europeias, de maio, e gostaria de ver eleições legislativas antecipadas no Reino Unido.

"Johnson tem apenas uma maioria de três deputados em Westminster. O facto de se ter tornado primeiro-ministro não mudou o desafio matemático que existe no parlamento. Penso que deveria haver eleições antes do prazo final do Brexit, que é 31 de outubro, por forma a que ela obtenha um mandato reforçado para a saída do país sem acordo", disse, à euronews, Nathan Gill, eurodeputado britânico eleito pelo Partido Brexit.

Face aos dias em que era ministro dos Negócios Estrangeiros, pouco deverá mudar na atitude negocial de Johnson em Bruxelas. Mas sem acordo de saída, muitas das medidas já definidas para proteger cidadãos e empresas dos dois lados vão cair por terra.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, reiterou o "desejo" de que a saída do Reino Unido da União Europeia aconteça com acordo porque este salvaguardar os "direitos fundamentais" dos cidadãos e das empresas portuguesas estabelecidas naquele país e vice-versa. 

As instituições britânicas referem que cerca de 235 mil portugueses estão inscritos na segurança social do Reino Unido, mas as autoridades nacionais estimam que a comunidade atinja as 400 mil pessoas.

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