Sudão e UE definiram linhas de cooperação

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De  Isabel Marques da Silva
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O primeiro-ministro sudanês Abdalla Hamdok visitou Bruxelas, esta semana, para as debater com chefes da diplomacia dos membros da União Europeia, sendo que a cooperação ao nível dos fluxos migratórios foi um tema dominante, como explicou em entrevista à euronews.

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Após uma revolta popular no Sudão, em abril passado, chegou ao fim o regime de quase 30 anos do ex-Presidente Omar al-Bashir. O novo governo tomou posse em Setembro e elegeu como prioridades fazer um esforço de pacificação interna e dinamizar a economia em colapso.

O primeiro-ministro sudanês Abdalla Hamdok visitou Bruxelas, esta semana, para as debater com chefes da diplomacia dos membros da União Europeia, sendo que a cooperação ao nível dos fluxos migratórios foi um tema dominante, como explicou em entrevista à euronews.

"Conversámos sobre a migração do ponto de vista da cooperação para o desenvolvimento. Esperamos que, em cooperação com a União Europeia, possamos criar condições para manter os nossos jovens no país. Não queremos perder a geração da qual depende o futuro do Sudão. Se juntos ajudarmos esta juventude promissora, poderemos evitar que partam para essa difícil jornada pelo Mediterrâneo para chegar à Europa", disse Abdallah Hamdouk.

Os Estados Unidos incluem o Sudão na lista de países de patrocinadores do terrorismo. Este governo de transição nacional, que inclui militares, pede a ajuda europeia no diálogo com os EUA.

"Existe um diálogo contínuo com a administração dos EUA sobre a remoção do Sudão da lista de patrocinadores do terrorismo. Recebi um convite para visitar a administração dos Estados Unidos, em Washington, e vou fazer essa visita no próximo mês. Há um esforço continuado da nossa parte para mostrar que queremos que o Sudão seja retirado da lista e a União Europeia -coletivamente e alguns Estados-membros em particular - pode desempenhar um grande papel nesta questão", afirmou o chefe de governo.

Para os três anos de governo de unidade nacional transitório, a equipa de 18 ministros vai tentar levar a cabo quatro reformas, explicou Abdallah Hamdouk: "A primeira prioridade do período de transição é parar a guerra. Para tal, identificámos quatro eixos que devem conduzir à paz. O primeiro trata das questões de desenvolvimento económico e social. O segundo eixo trata de questões legislativas e de indemnizações. O terceiro eixo é questões políticas de boa governação e o quarto eixo diz respeito às disposições de segurança".

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