Peritos temem que Irão obtenha a bomba atómica em breve

Peritos temem que Irão obtenha a bomba atómica em breve
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De  Isabel Marques da Silva
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O acordo nuclear com o Irão é um dos temas em análise na reunião de dois dias da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), em Viena, esta semana. O incumprimento dos níveis máximos de enriquecimento de urânio preocupa a comunidade internacional.

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O acordo nuclear com o Irão é um dos temas em análise na reunião de dois dias da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), em Viena, esta semana.

O incumprimento dos níveis máximos de enriquecimento de urânio e a utilização de nova tecnologia não aprovada no acordo para esse enriquecimento criou novas preocupações sobre a capacidade do regime de Teerão de de criar uma bomba atómica.

O acordo foi desenhado para evitar essa possibilidade, mas os cientistas iranianos estão a avançar rapidamente, segundo os peritos.

"Os cientistas iranianos são excelentes ao nível de desenvolvimento da tecnologia nuclear, desenvolveram quase todos os aspectos do ciclo da energia nuclear. Quando se tem a capacidade de enriquecer urânio para um grau muito elevado, acima dos 90%, obtém-se a qualidade necessária para fazer armas nucleares", explicou, à euronews, Pierre Goldschmidt, ex-diretor-geral-adjunto da AIEA.

Escalada militar?

O Irão está, gradualmente, a afastar-se das obrigações ditadas pelo acordo de 2015, desde que os Estados Unidos o abandonaram e impuseram sanções económicas, mas os subscritores europeus ainda o tentam salvar.

"Os europeus encontram-se numa situação difícil, porque tentam salvar o acordo, mas a União Europeia não pode fazer muita coisa. Penso que a única coisa que podem fazer - e o Presidente francês, Emmanuel Macron, está a esforçar-se muito - é convencer os EUA e o Irão de que é do interesse mútuo negociar", acrescentou Pierre Goldschmidt.

Apesar das sanções estarem a pesar na economia iraniana, o regime está inamovível e os observadores temem que haja uma escalada que leve ao confronto militar.

"Temos de encontrar uma solução política. Não penso que a questão nuclear possa ser resolvida com uma solução militar", afirmou Mohammad-Reza Djalili, professor de Relações Internacionais.

Por seu lado, a Rússia, potência nuclear e país signatário do acordo, apelou ao Irão que cumpra seus compromissos no acordo.

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