Turquia exige mais apoio à UE para resolver crise migratória

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Direitos de autor AP Photo/Giannis Papanikos
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De  Euronews
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Presidente turco lamentou a falta de ajudas ao país, que tem acolhido os refugiados sírios na última década.

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Às portas da União Europeia, a entrada de migrantes vindos da Turquia permanece um problema sem solução. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o chefe de estado turco, estiveram reunidos, esta quarta-feira, e do encontro saiu a promessa de uma ajuda célere à Turquia.

Em 2016, a Turquia recebeu a primeira de duas tranches da União Europeia para estancar o fluxo migratório. Dois anos mais tarde, recebia a segunda parte, totalizando os seis milhões de euros acordados com os Estados-Membros. Mas, depois dos 700 milhões de euros dados agora à Grécia para impedir a entrada de migrantes na UE, a Turquia quer mais para pôr termo à crise instalada na fronteira.

Em Ancara, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, lamentou nunca ter havido disponibilidade da UE para dar esse tipo de apoio à Turquia, que "nos últimos 10 anos, acolheu quatro milhões de sírios".

A Europa não pode falhar duas vezes numa questão tão importante
Margaritis Schinas
Vice-presidente da Comissão Europeia

Em Bruxelas, a migração esteve no topo da agenda dos ministros europeus da administração interna.

À saída da reunião, o vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, defendeu que "a Europa não pode falhar duas vezes numa questão tão importante. Esta é uma nova oportunidade e provavelmente a última para obrigar os 27 membros a chegar a acordo".

Um acordo que, para muitos manifestantes no exterior do edifício, deve ser mais solidário e passar pela abertura das fronteiras e o dever internacional de proteger os refugiados.

Esta sexta-feira, os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros reúnem-se em Zagreb, na Croácia, para discutir a situação na Síria.

Mas o sentimento, denunciam, é o de estarem a ser chantageados pela Turquia, alegando que o governo turco está a relacionar a guerra à atual crise na fronteira com a Grécia para receber mais dinheiro.

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