UE vai tentar evitar confinamentos que atrasam a retoma

UE vai tentar evitar confinamentos que atrasam a retoma
Direitos de autor Aurore Martignoni/(C) Aurore Martignoni
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De  Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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A economia não suportaria um segundo golpe e colocaria em causa os planos de recuperação que estão a ser desenhados, disse Valdis Dombrovskis, um dos vice-presidentes executivos da Comissão Europeia no Fórum Económico de Bruxelas, em entrevista à euronews.

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O aumento de casos de Covid-19 após o período de férias era esperado pelos agentes de saúde pública e pelos governos da União Europeia, que se preparam para uma possível segunda vaga da pandemia, mas um novo confinamento total parece ser uma estratégia descartada.

A economia não suportaria um segundo golpe e colocaria em causa os planos de recuperação que estão a ser desenhados, disse Valdis Dombrovskis, um dos vice-presidentes executivos da Comissão Europeia no Fórum Económico de Bruxelas, em entrevista à euronews.

“Estamos a lidar com uma pandemia pelo que essa realidade necessita, em primeiro lugar, de ter em conta o aconselhamento dos epidemiologistas. Essa foi a abordagem dos Estados-membros na primavera e é o que os governos vão fazer também agora. Portanto, atualmente não há nenhum conselho dos epidemiologistas  de que devemos voltar a confinamentos generalizados e, esperemos, isso não vai ser necessário”, explicou Valdis Dombrovskis.

Outro membro do executivo europeu disse à euronews que as medidas de urgência estão a dar resultado.

“Se compararmos a situação europeia com a situação dos Estados Unidos, vemos que houve consequências no mercado de trabalho, com mais desemprego, mas nada comparável ao que acontece nos EUA”, referiu Paolo Gentiloni, que é comissário europeu da Economia.

Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garante que o novo fundo de recuperação foi concebido para evitar assimetrias na recuperação dos Estados-membros: “Estou convencido da que a nossa decisão de mobilizar 1,8 biliões de euros nos próximos dois anos, com grande parte na forma de subsídios a fundo perdido, para apoiar todos os Estados-membros, especialmente as regiões mais afectadas e os sectores mais afectados, é a melhor demonstração da nossa vontade política para ter maior solidariedade europeia no futuro”.

Os países estão a concluir os seus planos nacionais para terem acesso a este dinheiro, que será distribuído com bastantes condicionantes no caso dos empréstimos. Além de remendar a estagnação da economia, os governos terão de aproveitar essa bonança para modernizar o tecido produtivo.

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