UE e EUA superam disputa Boeing-Airbus em cimeira histórica

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De visita a Bruxelas, o presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou o compromisso de cooperação com os aliados europeus

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Os EUA e a União Europeia (UE) colocaram um ponto final a uma disputa de 17 anos por causa dos subsídios às fabricantes de aeronaves Airbus e Boeing.

O anúncio histórico tornou-se conhecido em dia de cimeira bilateral em Bruxelas, que reuniu o presidente dos EUA, Joe Biden, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

O acordo terá a duração de cinco anos, a partir de 11 de julho, altura em que as taxas transatlânticas, atualmente suspensas, seriam retomadas.

"O acordo que alcançámos agora abre um novo capítulo na nossa relação porque passamos da confrontação à cooperação em matéria de aviação quase duas décadas depois de disputas. É a maior disputa comercial na história da Organização Mundial do Comércio", lembrou a presidente da Comissão Europeia.

Foi a partir de 2019, que Washington impôs progressivamente tarifas de milhões de dólares em mercadorias à UE, como forma de retaliação aos subsídios europeus atribuídos à Airbus.

Um ano depois, Bruxelas respondeu na mesma moeda por causa dos subsídios garantidos à Boeing.

No entanto, persiste a guerra das tarifas às importações de aço e alumínio da União Europeia. As duas partes concordaram acertar agulhas dentro de meses.

Na cimeira desta terça-feira, em Bruxelas, também houve entendimento para a criação de um Conselho conjunto de Comércio e Tecnologia entre os EUA e a UE. Representa uma arma para combater o poder tecnológico crescente da China.

Ausente da conferência de imprensa da cimeira, mas sempre presente, Joe Biden mostrou vontade de trabalhar em conjunto em nome da recuperação económica: "A melhor resposta para lidar com estas mudanças é ter uma circunstância em que as nossas economias crescem juntas baseadas no conjunto de valores que nos uniram desde o princípio."

A defesa dos valores democráticos comuns também esteve em destaque. Trata-se de uma matéria particularmente importante para o presidente Biden, que encontra esta quarta-feira, em Genebra, o homólogo russo Vladimir Putin.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, insistiu na importância do espírito de unidade: "Juntamente com os EUA e com outros parceiros que estão alinhados, é importante não só reagir quando nos deparamos com regimes autoritários que nos tentam pressionar, como também é importante ter uma estratégia proativa de forma a promover os nossos valores e a defender os nossos interesses."

Biden deixou Bruxelas e uma lufada de ar fresco no ar, livre das tensões da era Trump, ainda que seja certo que persistam diferenças entre os dois blocos em alguns dossiers.

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