Aspirações europeias da Bósnia-Herzegovina discutidas em Bruxelas

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Direitos de autor PASCAL ROSSIGNOL/AFP
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Conselho de Estabilização e de Associação UE-Bósnia-Herzegovina decorreu esta terça-feira. Chefe da diplomacia europeia diz que ainda há muito trabalho a fazer rumo a uma potencial adesão

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Líderes da União Europeia (UE) e da Bósnia-Herzegovina reuniram-se, esta terça-feira, em Bruxelas, para avaliar a situação do país com vista a uma possível adesão à UE.

O diálogo decorreu num cenário de ceticismo crescente do bloco comunitário em relação ao alargamento, até porque em abril se levantavam dúvidas na Bósnia sobre o compromisso de Bruxelas.

Apesar das garantias de que o bloco seguirá a via da UE, o chefe da diplomacia europeia lembrou o governo de Sarajevo que a Bósnia ainda tem muito trabalho a fazer rumo a uma potencial adesão.

"Encorajo a Bósnia-Herzegovina a intensificar o alinhamento com as decisões externas e de segurança comuns da UE. (...) Lamento que a taxa de alinhamento tenha diminuído nos primeiros meses deste ano. Não está, certamente, de acordo com as aspirações para ser tornar um país candidato à União Europeia", sublinhou, em conferência de imprensa, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

De acordo com vários observadores, o país tem sido lento a implementar as reformas eleitorais e em matéria de Estado de Direito necessárias, bem como em colocar termo à glorificação de criminosos de guerra.

Para alguns analistas, as perspetivas de adesão da Bósnia-Herzegovina à UE são mais remotas do que nunca.

"Morte cerebral, em estado de coma, catatónico: seja qual for o termo ou frase que usemos - mesmo se recorremos a eufemismos - está bastante claro que o processo iniciado há mais de duas décadas está em crise profunda e não produziu os resultados requeridos. ( ...) É necessário repensar o processo, reanimá-lo de forma significativa e perceber o que é que a União Europeia pode oferecer”, ressalvou, em entrevista à Euronews, Nedžma Džananović, cientista política da Universidade de Sarajevo.

Džananović acrescentou que mais atrasos nas negociações de adesão serão prejudiciais para a região e apenas jogam a favor das ambições russas e chinesas.

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