Mecanismo de Proteção Civil da UE acionado com mais frequência

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Direitos de autor Alessandro Tocco/AP
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Só em 2020, ano de pandemia, foi ativado mais de cem vezes. As alterações climáticas e o agravamento potencial de catástrofes naturais deixam antever desafios adicionais

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Cheias mortais na Bélgica e na Alemanha ou fogos florestais devastadores na ilha italiana da Sardenha. Catástrofes como estas requerem quase sempre ajuda extra, além da capacidade de um país. Motivo pelo qual, em 2001, a União Europeia criou o Mecanismo de Proteção Civil.

Em Bruxelas, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência é a força-motriz deste instrumento comunitário. Várias equipas trabalham em contrarrelógio para dar respostas aos pedidos de ajuda que chegam de qualquer parte do mundo.

"Qualquer país do mundo, não apenas os Estados-membros, pode ativar o que chamamos de Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia. Quando este mecanismo é ativado, fazemos duas coisas: coordenamos a assistência de que o país ativador precisa e também pagamos 75% dos custos de transporte envolvidos", explica Balazs Ujvari, porta-voz da Comissão Europeia para a gestão de crises e ajuda humanitária.

Participam do mecanismo os 27 Estados-membros e seis países que não integram o bloco comunitário: Islândia, Macedónia do Norte, Montenegro, Noruega, Sérvia e Turquia.

Quando há um pedido de assistência, os países participantes podem escolher oferecer ajuda, que pode ir desde o envio de pessoal de resgate ao envio de equipamento - como aviões de combate a incêndios ou helicópteros - e de apoio médico.

Mas o mecanismo não dá só resposta a desastres naturais ou provocados pelo homem. A pandemia de Covid-19 representou mais de 50% dos pedidos de ajuda desde que a crise começou no ano passado.

"Durante a progressão da crise de COVID-19, passámos da implantação de hospitais de campanha, em alguns casos, para botijas de oxigénio, para vacinas e medicamentos antivirais e, muitas vezes, para equipamentos de proteção individual: máscaras, protetores faciais e até kits de teste. Além disso, também ajudámos no repatriamento de mais de cem mil cidadãos europeus de todo o mundo quando os países começaram a fechar as fronteiras. Por isso, é uma ampla gama de assistência que podemos fornecer aos países", sublinha Eric Adrien, do Centro de Coordenação de Resposta de Emergência que faz parte da estrutura.

Em 2020, o mecanismo foi ativado mais de cem vezes. Com as alterações climáticas a acelerarem a frequência das catástrofes naturais e com a pandemia ainda por dominar, os números poderão vir a agravar-se.

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