Ambientalistas declaram guerra à publicidade a combustíveis fósseis

Ambientalistas declaram guerra à publicidade a combustíveis fósseis
Direitos de autor Marten van Dijl/ Greenpeace
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De  Gregoire LoryPedro Sacadura
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Organizações lançaram campanha para que a Comissão Europeia se debruce sobre o assunto e apresente propostas legislativas

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Em nome da transparência, mais de 20 organizações ambientalistas declararam guerra ao "branqueamento verde" ("greenwashing").

A Greenpeace e outras organizações não-governamentais lançaram, esta segunda-feira, uma campanha de recolha de assinaturas para pôr fim à publicidade e patrocínios que promovam os combustíveis fósseis na União Europeia.

Também querem a proibição de publicidade a veículos que se movam a combustíveis fósseis e a viagens de avião ou ferry que utilizem os mesmos.

Com esta Iniciativa de Cidadania Europeia, espera que a Comissão Europeia se debruce sobre o assunto e apresente legislação na matéria.

De acordo com um estudo feito desde 2019 pela Greenpeace em mais de 3 mil anúncios, a realidade é bastante menos ecológica do que algumas empresas tentam fazer parecer.

"Em quase 2/3 dos casos, a publicidade das empresas de combustíveis fósseis está a enganar o público. Apresentam as empresas como sendo mais verdes do que realmente são, dando grande destaque aos investimentos em coisas como energias renováveis. Dando ênfase a coisas que acreditamos - e os estudos mostraram - ser prejudiciais na luta contra as alterações climáticas. Coisas como captura e armazenamento de carbono, que vão levar muito tempo para causar o tipo de impacto que precisamos para lidar com a crise climática", sublinhou, em entrevista à Euronews, Paul Musiol, porta-voz Greenpeace UE.

Para que o assunto não caia tão cedo no esquecimento, mais de 80 ativistas bloquearam hoje a entrada de acesso à refinaria da Shell - que figura na lista das 20 empresas de combustíveis fósseis mais poluidoras do mundo - no porto de Roterdão.

A Euronews tentou obter uma reação da Comissão Europeia, mas sem sucesso.

Para ser avaliada por Bruxelas, a Iniciativa de Cidadania Europeia precisa de ter, pelo menos, um milhão de assinaturas, oriundas de pelo menos sete Estados-membros.

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