Estónia defende força da defesa europeia para fazer frente à Rússia

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Direitos de autor Pascal Bastien/The Associated Press
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Primeira-ministra manifestou-se sobre o assunto durante um debate no Parlamento Europeu

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"A Ucrânia não está só a lutar pelo país, mas também pela Europa". Em Estrasburgo, no Parlamento Europeu, a primeira-ministra da Estónia repetiu, esta quarta-feira, um mantra que se normalizou no leste europeu.

Kaja Kallas apelou igualmente ao investimento em tecnologia de defesa de ponta.

"Ao intensificar a defesa europeia, devemos encontrar consenso dentro da União Europeia de que, às vezes, a melhor maneira de alcançar a paz passa pela disposição de usar a força militar", insistiu a primeira-ministra da Estónia.

Os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da União Europeia aprovaram sanções adicionais contra a Rússia.

A primeira-ministra estónia pediu desculpa aos russos que estão a ser forçados a pagar a fatura de um conflito apelidado como "a guerra de Putin".

"Nada disso é dirigido a vocês, dirige-se ao presidente Putin e ao seu governo. Entendemos que vos afeta, mas também nos afeta. Um autocrata não se importa com o povo, só se importa com o poder", ressalvou Kallas.

Durante o debate, o chefe da diplomacia europeia fez "mea culpa", por não ser rápido o suficiente a reagir.

Josep Borrell pediu, no entanto, aos europeus que fazerem o que puderem para cortar a ligação umbilical com o gás russo: "apelo aos europeus para reduzir o aquecimento nas casas. Para que façam um esforço individual em cortar o consumo de gás tal como cortamos o consumo de água quando há uma seca e da mesma forma que recorremos às máscaras para combater a Covid-19".

Em nome da autonomia, o eurodeputado polaco Radosław Sikorski, do grupo do Partido Popular Europeu, defende, por outro lado, pagar gás mais caro, a par de maior investimento em defesa: "está claro que Vladimir Putin não respeita a lei internacional. Temo que tenhamos de sair do nirvana pós-guerra fria e de enfrentar força com força. Essa é a única linguagem que ele entende. Chegou a hora de levar a defesa europeia realmente a sério".

Mas esta não é a posição da União Europeia em geral, com o foco agora voltado para asfixiar a economia russa e parar a guerra.

Cerca de cem eurodeputados defendem que o bloco comunitário corte as importações de gás e petróleo russo.

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