Líderes europeus discutem em Versalhes guerra na Ucrânia e os efeitos

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Direitos de autor JACQUES BRINON/AP2007
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A energia e defesa são pratos fortes do encontro dos 27 Estados-membros que também se vão debruçar sobre a candidatura da Ucrânia para aderir à União Europeia

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Em Versalhes, onde no passado se assinaram tratados de paz, discute-se agora a guerra. O conflito na Ucrânia é o prato forte da cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da União Europeia que hoje arrancou em França.

Os líderes europeus vão falar de energia e sobre defesa.

A ambição final é manter a mesma firmeza que os 27 Estados-membros mostraram ao aprovar sanções duras contra a Rússia.

Os consensos não se adivinham fáceis atendendo à natureza sensível dos dossiers.

"Penso que apanhámos de surpresa a Rússia porque fomos firmes, fortes e unidos, mas não é suficiente. Juntos, precisamos identificar quais podem ser os passos a seguir para ter uma influência positiva e alcançar, o mais rápido possível, um cessar-fogo", sublinhou, à chegada ao encontro o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Da agenda consta também a candidatura da Ucrânia para aderir à União Europeia. É vista com bons olhos entre vários Estados-membros, mas alguns, como os Países Baixos, lembram que o processo é, por natureza, longo.

"Que não restem dúvidas de que os Países Baixos e a Ucrânia estão lado a lado. Mas não existe semelhante coisa como uma via rápida de adesão. Isso não existe", lembrou o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

Tal como também não se pode cortar a dependência europeia da energia russa do dia para a noite.

O tema está em cima da mesa, entre planos para reduzir importação de gás russo em dois terços até ao fim do ano.

Há entendimento sobre a necessidade de cortar com a ligação umbilical, mas um embargo completo ao gás russo esbarra na resistência de França ou da Alemanha, entre outros.

Também há quem defenda uma resposta mais firme.

"Estou convencido de que devemos tomar a decisão de parar com as importações de energia da Rússia para trazer Vladimir Putin à mesa de negociações e parar a guerra", insistiu o primeiro-ministro da Letónia,  Arturs Krišjānis Kariņš.

Durante o encontro de dois dias, os líderes europeus debruçam-se sobre capacidades europeias de defesa.

Parece haver um acordo sobre o aumento substancial dos gastos com defesa, com foco em deficiências estratégicas.

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