Bruxelas quer mobilidade militar e ciberdefesa mais fortes

Soldados deslocam-se em tanques pela avenida dos Campos Elísios durante o desfile do Dia da Bastilha, 14 de julho de 2022 em Paris.
Soldados deslocam-se em tanques pela avenida dos Campos Elísios durante o desfile do Dia da Bastilha, 14 de julho de 2022 em Paris. Direitos de autor AP Photo/Christophe Ena
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Comissão Europeia apresentou propostas nesta matéria para que os Estados-membros estejam prontos a responder a desafios crescentes

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A Comissão Europeia apresentou, esta quinta-feira, propostas para aumentar as capacidades de ciberdefesa do bloco e para tornar mais fácil e rápido para as forças armadas cruzarem as fronteiras internas.

"O ambiente de segurança na Europa mudou drasticamente desde que a guerra voltou às nossas fronteiras em fevereiro", sublinhou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. "Temos que adaptar as nossas políticas de defesa a esse novo ambiente", acrescentou.

O plano prevê que os Estados-membros avaliem se as suas infraestruturas de transporte, desde portos a aeroportos, estradas, túneis e pontes, podem ser usados por equipamentos militares pesados.

O financiamento da União Europeia poderá ser depois canalizado para colmatar lacunas significativas com ênfase nas infraestruturas de dupla utilização, ou seja, que podem ser utilizadas para fins civis e militares.

Mas a questão não é apenas com a infraestrutura física. A Comissão Europeia também defende ferramentas digitais partilhadas para tornar tudo mais rápido para os Estados-membros.

"São precisos pelo menos cinco dias para a capacidade militar transfronteiriça, de um país para outro. É muito tempo. E é muito assim porque não foi feito de maneira digital e estamos a tentar desenvolver sistemas digitais partilhados por todos os Estados-membros para facilitar o movimento através das fronteiras. Não é físico, não é uma ponte, não é uma estrada, é a 'la paperasse', como se diz em França, a burocracia", ressalvou Borrell.

Na frente da segurança cibernética, a Comissão Europeia propôs a criação de novos instrumentos, incluindo um Centro de Coordenação de Defesa Cibernética da União Europeia, bem como uma reserva cibernética a nível europeu com serviços de fornecedores privados confiáveis ​​para aumentar a cooperação e a coordenação entre os Estados-membros.

O ciberespaço, sublinhou o comissário europeu com a pasta do Mercado Interno Thierry Breton, é agora um "espaço contestado."

"Num espaço disputado, obviamente, temos de ser capazes de antecipar, de prevenir, de nos defendermos e protegermos, mas às vezes também é preciso saber atacar."

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