Radiotelescópio europeu LOFAR aprofunda segredos do universo

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De  Aurora Velezeuronews
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O radiotelescópio LOFAR permite explorar os confins do universo. O projeto reúne dez países da UE.

A ambição do projeto pan-europeu LOFAR é compreender a origem do universo. 

Graças a uma rede de 54 estações e milhares de antenas o radiotelescópio LOFAR permite explorar os confins do universo. Os dados recolhidos pelo instrumento são enviados por fibra ótica para a sede do projeto, nos Países Baixos, onde se encontram 60% das estações.

"Quanto mais afastadas estiverem as antenas, mais precisa será a visão dos objetos. O LOFAR permite-nos estudar o universo primitivo. Podemos olhar para um passado muito longínquo, para os primeiros 500 milhões de anos, após o Big Bang", disse à euronews Maaijke Mevius, investigadora da Astron, sede do projeto. 

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O projeto europeu LOFAReuronews

O mistério da origem do universo

O projeto LOFAR nasceu há 13 anos. Ao contrário dos telescópios tradicionais, as antenas do radiotelescópio pan-europeu são mais sensíveis às ondas electromagnéticas de baixa frequência. 

Os dados gerados pelas várias estações são armazenados num supercomputador e processados na sede do projeto.

"Temos de amplificar esse sinal mais de um milhão de vezes. Vemos aqui o vermelho e amarelo no fundo. É o sinal que procuramos. Podemos olhar para outros planetas e para muito mais longe, para galáxias e buracos negros que estão muito longe de nós, para tentar compreender a formação do universo”, explicou Wim Van Cappellen, gestor do programa Astron.

O apoio da Política de Coesão Europeia

O projeto LOFAR resulta da colaboração entre 10 países (Países Baixos, Irlanda, Reino Unido, França, Alemanha, Polónia, Letónia, Suécia, Itália e Bulgária) e integra por 54 estações com mais de 110 000 antenas. A política de coesão europeia contribuiu para o financiamento do projeto com mais de 10,8 milhões de euros.

A Neways Electronics, uma das empresas regionais de alta tecnologia envolvidas no projeto, fabrica centenas de milhares de antenas de baixo custo capazes de enviar dados em tempo real ao longo de uma vasta área. 

"Utilizámos um método muito complexo. A placa em si integra um total de 6000 componentes. A produção desta placa complexa foi um desafio que nos ajudou a avançar e a progredir ao nível das nossas competências tecnológicas", frisou Michel Postma, diretor geral da empresa.

O projeto LOFAR faz parte de um conjunto de 15 iniciativas financiadas pela Europa e que foram recompensadas, em 2022, com um prémio RegioStars.

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