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Autonomia da UE face à China poderá ensombrar relação com EUA?

Presidente Macron no discurso que fez na Universidade Sun Yat-sen, na China, a 7 de abril
Presidente Macron no discurso que fez na Universidade Sun Yat-sen, na China, a 7 de abril Direitos de autor Thibault Camus/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Thibault Camus/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De  Gregoire LoryIsabel Marques da Silva
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Apesar de problema de Taiwan, a UE considera que o diálogo com a China continua a ser necessário, sobretudo em áreas como o comércio e o combate às alterações climáticas.

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As ideias do presidente francês sobre Taiwan levantaram ondas de choque sobre a posição geopolítica da União Europeia (UE) em relação à China. Emmanuel Macron considera que o bloco europeu deve manter-se neutro sobre o facto do governo de Pequim estar determinado em integrar a ilha independentista no seu território, algo que os EUA repudiam completamente.

A posição de autonomia estratégica de Macron, defendida após a sua recente visita à China, pode criar desunião no bloco europeu e mau-estar com o aliado norte-americano, dizem alguns analistas. Mas outros peritos não são tão pessimistas.

"O presidente Macron tem vindo, há vários anos, a sublinhar, repetidamente, a sua opinião de que a Europa deve desenvolver aquilo que designa de autonomia estratégica. E penso que há diversas maneiras de interpretar esse conceito. Pela minha parte, não o vejo como uma ameaça à unidade transatlântica", disse Dan Baer, analista na Dotação Carnegie Para a Paz Internacional, em entrevista à euronews.

"Penso que há muitas pessoas nos EUA que apoiariam a ideia de que a Europa deveria fazer mais para ser um ator estratégico por direito próprio. E que o facto da Europa se empenhar mais para fazer face às ameaças que enfrenta, tanto próximas como globais, seria algo positivo", acrescentou.

Este analista recorda que a autonomia estratégica é um conceito que, também, foi veiculado pela Presidente da Comissão Europeia, inlcuindo na sua última visita aos EUA. Por exemplo, Ursula von der Leyen falou da necessidade de não haver alterações à situação no Estreito de Taiwan, estabelecida há décadas.

Pequim desvaloriza posição ocidental

Contudo, o governo de Pequim fez questão de levar a cabo exercícios militares no local logo após as reuniões recentes, em Pequim, com von der Leyen e Macron.

E a UE sabe que precisa de manter a forte a aliança como os EUA na NATO, para garantir a sua própria segurança, que está a ser testada com a guerra na Ucrânia.

Não creio que tenhamos de seguir cegamente os EUA, mas não podemos aspirar a muita neutralidade ou equidistância. Penso que não seria muito realista.
Mario Esteban
Analista no Real Instituto Elcano

"Devemos seguir a posição dos EUA na medida em que tal seja do nosso interesse. É óbvio que os nossos valores e interesses não são, exatamente, os mesmos dos EUA, mas são bem mais próximos dos EUA do que dos da China", referiu Mario Esteban, analista no Real Instituto Elcano, em entrevista à euronews.

"Não creio que tenhamos de seguir cegamente os EUA, mas não podemos aspirar a muita neutralidade ou equidistância. Penso que não seria muito realista porque os nossos valores e os nossos interesses não são equidistantes de Washington na mesmam medida que são de Pequim", disse, ainda.

Ponto assente para a UE é que o diálogo com a China continua a ser necessário, sobretudo em áreas como o comércio e o combate às alterações climáticas.

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, deveria deslocar-se a Pequim, esta semana, mas teve de cancelar o compromisso porque contraiu Covid-19.

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