Reunião do G7 deverá abordar escape às sanções contra a Rússia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel Direitos de autor AP Photo/Virginia Mayo
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De  Gregoire LoryIsabel Marques da Silva
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União Europeia quer punir países terceiros que contornam as sanções contra a Rússia, mas também rever situação das relações com a China e possíveis acordos com países emergentes.

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A União Europeia (UE) deve apresentar-se com uma posição bem definida, sobretudo no que toca à guerra na Ucrânia, durante a reunião do G7, que juntará os países mais industrializados do mundo, no final da semana, no Japão.

Para dar o exemplo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, deram um "briefing" conjunto, segunda-feira, em Bruxelas.

Em destaque nas suas preocupações está o 11º pacote de sanções contra a Rússia, que deverá visar, sobretudo, os países na Ásia, no Cáucaso e no Médio Oriente que estão a ajudar o regime de Moscovo a escapar às medidas punitivas.

"No que diz respeito aos países terceiros que compram diretamente na UE e que depois, potencialmente, entregam esses bens sancionados à Rússia, discutimos e, sobretudo, enviamos o aviso de que levamos muito a sérios as nossas sanções e que podemos proibir o envio desses bens para esses países terceiros se houver provas claras de que se trata de uma evasão às sanções", explicou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

China e outras regiões do mundo

As relações com a China também serão centrais nos debates que reunirão os líderes dos EUA, Canadá, Reino Unido, Japão, França, Alemanha e Itália, e a que há alguns anos se juntam os líderes de duas das instituições da UE.

Os dirigentes europeus querem reduzir os riscos em relação ao regime de Pequim, mas mantendo o diálogo aberto. Sanções contra empresas chinesas podem criar um novo conflito diplomático e o líder chinês é o dos poucos que é ouvido pelo presidente russo.

Além disso, há outras regiões do mundo cujos interesses devem ser ponderados, admitiu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

"Os países em desenvolvimento e os países emergentes manifestaram a sua preocupação com o facto de o G7 estar a focar-se demasiado na Ucrânia e a não prestar atenção suficiente às suas necessidades e prioridades, e nós ouvimos as suas preocupações. Queremos construir parcerias sólidas com os países em desenvolvimento e emergentes, de uma forma que seja mutuamente benéfica", afirmou o presidente do Conselho Europeu.

A UE quer ter uma maior autonomia política, militar e económica, mas não pode crispar os tradicionais aliados, nem alienar ouras regiões do mundo às quais quer comprar materiais e vender produtos. Um equilíbrio difícil, a ser testado na reunião de 19 a 21 de maio, na cidade japonesa de Hiroshima.

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