"Estado da União": Apoio militar à Ucrânia e assimetrias na economia da UE

O presidente da Ucrânia de visiat à Alemanha, onde voltou a insistir na criação de uma "coligação de caças", semelhante à que lhe forneceu tanques
O presidente da Ucrânia de visiat à Alemanha, onde voltou a insistir na criação de uma "coligação de caças", semelhante à que lhe forneceu tanques Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Stefan GrobeIsabel Marques da Silva
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Mais apoio à Ucrânia dominou a visita do presidente Zelenskyy a vários países europeus e os debates na cimeira do Conselho da Europa; mas as previsões económicas da primavera, pela Comissão Europeia, também marcaram a semana.

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Um intensa vaga de ataques aéreos russos a Kiev, capital ucraniana, esteve em destaque, esta semana, mas, pela primeira vez, os ucranianos disseram que conseguiram abater vários mísseis hipersónicos de última geração, que Moscovo considerava imparáveis. Esta poderá ter sido uma demonstração da eficácia das defesas aéreas ocidentais, recentemente instaladas na Ucrânia.

Para o governo de Kiev, isso não é suficiente. Numa visita relâmpago por várias capitais europeias, esta semana, o Presidente Zelenskyy tentou criar uma "coligação de caças", como lhe chamou. Até agora, o Ocidente não tem querido enviar aviões a jato, mas alguns países estão a dar sinais de mudança de ideias.

Isso acontece depois de a Alemanha ter prometido um novo pacote de ajuda militar no valor de 2,7 mil milhões de euros e de ter prometido um apoio mais firme, perla voz de Olaf Scholz, chanceler alemão.

"Nalgum momento, a guerra da Rússia contra a Ucrânia terminará e uma coisa é certa: não terminará com uma vitória do imperialismo de Putin, porque apoiaremos a Ucrânia até que seja alcançada uma paz justa", disse na cimeira do Conselho da Europa, esta semana, na Islândia.

Assimetrias no crescimento económico

Do ponto de vista económico, parece haver melhores perspetivas no horizonte para a União Europeia. A Comissão Europeia apresentou previsões económicas bastante positivas: já não há risco de recessão, o crescimento está de novo no bom caminho, a inflação está a baixar e o mercado de trabalho está mais forte do que nunca.

Mas Paolo Gentiloni, comissário europeu para a Economia, alertou para o facto de haver "diferenças notáveis entre os países no que respeita às finanças públicas, mas também ao crescimento e à inflação". Um exemplo é a inflação, que na média dos países da Europa de Leste,  é mais do dobro da registada na zona euro.

O Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD) é responsável por investimentos na Europa de Leste e nas suas últimas previsões, publicadas esta semana, o BERD foi muito mais moderado do que a Comissão Europeia. 

A euronews falou com Beata Javorcik, economista-chefe desse banco, que explicou a situação: "Em média, as famílias estão apenas a sobreviver, mas a situação é muito diferente nas varias sub-regiões onde operamos. Assim, na Europa Central e nos países bálticos, vamos enfrentar um ano muito difícil, uma vez que o crescimento será praticamente nulo. Por outro lado, a Ásia Central vai registar um forte desempenho, uma vez que está a beneficiar do afluxo de capital e de mão-de-obra provenientes da Rússia".

(Veja a entrevista na íntegra no vídeo)

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