"Estado da União": O dilema de mediar o conflito israelo-palestiniano

Manifestação pró-Israel em frente ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a 23 de outubro.
Manifestação pró-Israel em frente ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a 23 de outubro. Direitos de autor Jean-Francois Badias/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De  Stefan Grobe
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A reação da UE aos massacres do Hamas em Israel foi confusa e embaraçosa, ao nível da sua política de apoio ao desenvolvimento. O político finlandês Alexander Stubb comenta a situação que exige equilíbrios complexos.

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O comissário europeu para o Alargamento, Oliver Várhelyi, anunciou que a UE iria suspender "imediatamente" quase 700 milhões de euros de ajuda à Autoridade Palestiniana. Poucas horas depois, o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, corrigiu o colega, afirmando que a ajuda humanitária continuaria a ser prestada.

No dia seguinte, o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, disse que a "situação humanitária é terrível e é precisa mais ajuda, não menos".

Sandor Zsiros entrevistou Alexander Stubb, antigo primeiro-ministro finlandês e atual candidato presidencial, sobre os equilíbrios complexos em causa.

"Penso que a única arma de que a UE dispõe neste momento é a das sanções ou a da ajuda ao desenvolvimento. Por isso, provavelmente, terá de considerar todas as armas do seu arsenal, porque se trata de um ato de guerra. Israel tem o direito de se proteger. Mas, ao mesmo tempo, é muito importante que a UE trabalhe no sentido de desanuviar a situação e de garantir que o direito humanitário internacional é respeitado", disse Stubb.

O político realçou que a UE tem de ser coerente na resposta à diversidade de conflitos que têm direto impacto na sua segurança. Não só o da Rússia-Ucrânia e de Israel-Palestina, mas também pontos em tensão no Sahel, em Nagorno-Karabakh e no norte do Kosovo.

"Serão necessários cerca de dez anos para que a nova ordem mundial se estabeleça. E, claro, há sempre três opções. Uma é a concorrência. A segunda é o conflito e a terceira é a cooperação. O que eu gostaria de ver é a concorrência, mas com uma cooperação que evite o conflito. E acredito que podemos conter a situação", explicou.

(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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